A Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês) - principal órgão de vigilância sanitária nos Estados Unidos - divulgou um alerta sobre os efeitos colaterais da toxina botulínica, principal substância do Botox.
Segundo a FDA a droga foi ligada a sintomas graves do botulismo, como dificuldade de deglutição e respiração. Em alguns casos, os efeitos causaram internações e algumas crianças que receberam a droga para tratamento de espasmos musculares morreram no hospital.
No alerta, publicado no site do órgão na internet, a FDA informa que as reações ocorrem quando a toxina botulínica se espalha além da região onde foi injetada e provoca paralisia e enfraquecimento dos músculos utilizados para respiração e deglutição – um efeito colateral que pode ser fatal, segundo a agência.
Leia mais:
Famílias que ganham até R$ 1.200 por mês usam 82% dos recursos aplicados no SUS
Novo plano para combater câncer de colo do útero tem foco em rastreio e vacina
Brasil registra mais de 11 mil partos resultantes de violência sexual, diz pesquisa
Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS
O órgão não divulga o número de casos que estão sendo analisados, mas informa que pelo menos um deles está relacionado com a aplicação de Botox para tratamento de rugas.
Indicações
A toxina botulínica é usada em tratamentos estéticos e medicinais. Os tipos mais comuns são o Botox (toxina tipo A) e o Myobloc (tipo B), usados em procedimentos estéticos para atenuar as rugas da pele e em diversas condições médicas.
Na medicina, a toxina é utilizada no tratamento de paralisia cerebral, espasticidade muscular, estrabismo e diversas síndromes neurológicas.
O seu uso, no entanto, não é aprovado nos EUA para o tratamento de espasmos musculares. Segundo a FDA, o órgão irá revisar suas informações de segurança sobre o uso da toxina.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autoriza o uso da toxina desde 1992 para tratamentos de espasticidade e paralisia cerebral, entre outros diagnósticos.
BBC Brasil