Os cerca de dez mil servidores da Secretaria Estadual de Saúde fazem uma paralisação simbólica durante toda esta terça-feira (4). A manifestação vai influenciar o atendimento em dezenas de unidades do estado. Em Londrina, os hospitais das zonas norte (HZN) e sul (HZS) terão os funcionários de braços cruzados por doze horas a partir das 7h. O protesto está sendo organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (SindSaúde-PR).
A secretária-geral do sindicato, Elaine Rodella, disse que a paralisação é reflexo da incapacidade do Governo do Estado de analisar e acatar a pauta de reivindicações da categoria. "Discutimos a situação há dois anos e meio. No período, o poder público atendeu de três a quatro itens da pauta. No entanto, restam ainda 15 reivindicações, que não chegaram a ganhar a atenção do estado", argumentou.
Entre os principais pedidos, estão a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria, a regularização do auxílio-transporte e o reajuste de 25% de uma gratificação criada em 2004. "O governo substituiu a insalubridade e a periculosidade pela gratificação e incorporou ainda no novo 'benefício' outra gratificação que recebíamos até então", explicou Elaine.
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No ano passado, segundo ela, o Governo do Estado reajustou a gratificação em 14,79%. "Faltam ainda 18,8% mais os 6,4% de reposição já anunciados pelo governador", completou.
O sindicato também pede a contratação de novos servidores. "Em alguns hospitais, o funcionário que deveria trabalhar 40 horas semanais chega a cumprir até 60 horas por semana por causa da falta de profissionais. O governo prefere pagar até 100 horas extras por mês para alguns trabalhadores em vez de contratar mais servidores", destacou.
O SindSaúde informa que, apesar da paralisação, os serviços considerados essenciais vão ser mantidos nos hospitais. Pelo menos 30% do efetivo de cada unidade será escalado durante o protesto para dar conta dos procedimentos.