O novo boletim da gripe no Paraná, divulgado nesta terça-feira (3), aponta uma redução no número casos registrados nas últimas semanas. Apesar disso, o número de mortes ainda cresce. Segundo o monitoramento, mais três óbitos foram confirmados no Estado, o que fez subir para 58 o número total de mortes por gripe neste ano.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, explica que não se pode subestimar a gripe. "Um dos fatores comuns entre a maioria das mortes deste ano é a busca tardia por atendimento médico. Geralmente, isso só ocorre quando o paciente já está grave, com falta de ar, por exemplo", afirma.
Das 58 mortes registradas neste ano, 90% está relacionada à busca tardia ou não realização do tratamento e 62% diz respeito a pessoas que tinham doenças crônicas pré-existentes. "Tanto os profissionais de saúde quanto os familiares devem ficar atentos aos doentes crônicos. O risco do quadro de gripe se agravar é muito maior para esse tipo de paciente", alerta o superintendente.
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Queda – desde o início de julho, a Secretaria da Saúde vem constatando uma tendência de queda no número de casos registrados semana a semana. Este comportamento da doença é comum por conta da sazonalidade do vírus Influenza, transmissor da gripe.
Atualmente circulam três subtipos virais do Influenza no Estado: Influenza A (H3N2), Influenza A (H1N1) e Influenza B. Neste ano, os dois últimos foram os que concentraram a maior parte dos casos. Antes de 2009, quando houve a pandemia da gripe, o vírus Influenza A (H3N2) era o que mais circulava.
Com o passar do inverno, a tendência é que a redução no número de casos seja ainda maior. Para que isso ocorra é preciso que a população mantenha as medidas preventivas da doença e fique atenta aos sintomas da gripe para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível.
Números – de janeiro até agora, já são 1.416 casos de gripe no Paraná. A maioria foi registrada nos municípios de Curitiba (154), Londrina (92) e Maringá (73) por terem as maiores populações do Estado.
As novas mortes ocorreram nas cidades de Arapongas, Cornélio Procópio e Catanduvas. Um dos pacientes tinha tuberculose, o que contribui para o agravamento do quadro clínico.