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Medicina

Paraná comemora seu primeiro transplante de pulmão

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
19 dez 2019 às 11:05
- Divulgação/HAC
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Referência internacional, o Serviço de Transplantes de Órgãos do HAC (Hospital Angelina Caron) acaba de realizar com sucesso o primeiro transplante de pulmão do Paraná. O órgão foi transportado de helicóptero de Foz do Iguaçu até o hospital, em Campina Grande do Sul, e implantado com êxito em Reinaldo Ferreira de Goes, de 57 anos, um dos dez pacientes na fila de espera de um órgão em condições adequadas para o procedimento.

Uma operação integrada entre a Divisão de Transporte Aéreo da Casa Militar e GOA/PCPR (Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Civil do Estado do Paraná) foi responsável pelo translado do pulmão e também de um coração, em apoio à Central de Transplantes.

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O paciente está se recuperando bem após a cirurgia e já respira sem auxílio de equipamentos. Após a cirurgia, ele permanece em observação e sob cuidados intensivos na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do HAC. Reinaldo é pedreiro de profissão, mas estava há dois anos sem trabalhar, pois necessitava de oxigênio. "Ele teve um enfisema pulmonar que desencadeou esse quadro mais grave de dificuldade de respirar. Tenho cuidado do Reinaldo desde então. A gente estava na fila e colocou na mão de Deus. Foi uma surpresa quando nos ligaram, na terça pela manhã, e viemos da Lapa até o hospital”, conta Valdelice Goes, esposa de Reinaldo. O casal é da Lapa, tem quatro filhos e está junto há 27 anos.

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"Há dois anos nós obtivemos o credenciamento do Ministério da Saúde para esse tipo de transplante, e desde então passamos por vários processos para que hospital e equipe estivessem aptos. Isso incluiu a preparação dos pacientes para a cirurgia. O processo é complexo e tem algumas particularidades fundamentais para a recuperação pós-cirúrgica. Além da compatibilidade sanguínea, os pulmões doados devem estar sem sinais de infecção ou indícios de lesões por trauma”, pontua o médico Frederico Barth, responsável técnico do Serviço de Transplante Pulmonar do HAC.

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Ainda de acordo com Barth, os pulmões devem ser compatíveis em tamanho com o receptor. "São detalhes fundamentais que apontam para a importância da conscientização em prol da doação de órgãos no Brasil. Todo cidadão que deseja ser um doador deve comunicar sua intenção à família”, enfatiza.


20 anos de transplantes - Fundado em 2000, o serviço de transplantes do HAC acompanha as inovações internacionais para oferecer aos pacientes o que há de mais moderno em transplante de órgãos. Após sua fundação, foi realizado em janeiro de 2001 o primeiro transplante de pâncreas do Paraná, um dos procedimentos mais complexos na área.

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Dez anos depois, outro marco foi obtido, o que rendeu reconhecimento internacional para o hospital: a primeira realização bem-sucedida, em todo o continente americano, de um transplante de fígado adulto com dois doadores vivos. O HAC é hoje um dos principais centros do país, com vasta experiência no transplante renal, pancreático e hepático, com uma média de 300 transplantes a cada ano, sendo cerca de 50 procedimentos renais a cada ano. Em novembro, o HAC atingiu outra marca histórica: transplantou com sucesso seu milésimo rim.


Transplante pediátrico - Em julho, o HAC foi credenciado pelo Ministério da Saúde para realizar transplantes em pacientes pediátricos em todas as modalidades, em especial fígado e rim, de crianças de quatro meses a 16 anos. Dessa forma, se somou a outros dois hospitais credenciados a realizar transplante infantil na Região Sul.

Segundo o médico João Nicoluzzi, que coordena o Serviço de Transplantes no HAC, os procedimentos pediátricos são uma carência nacional, agravada pela complexidade do transplante conforme a idade do paciente. "Quanto mais velho, mais parecido o organismo é com o dos adultos. Os pacientes pequenos precisam atingir o limite de dez quilos para o transplante. Os casos mais comuns são intrafamiliares, quando pais doam um rim ou parte do fígado para seus filhos. Doadores adultos de fígado também podem salvar duas vidas infantis, em geral”, detalha o cirurgião, informando serem poucos os casos de doação de órgãos de criança para criança.


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