A Secretaria estadual da Saúde confirmou dois casos de febre chikungunya em pacientes paranaenses, residentes de Maringá, que viajaram para o Haiti no mês de maio. Os paranaenses que apresentaram sintomas da doença, ao retornarem ao Brasil no início do mês de junho, já receberam o tratamento adequado e já estão curados.
O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) e pelo Instituto Evandro Chagas, laboratório de referência nacional. A febre chikungunya tem sintomas semelhantes aos da dengue e é transmitida pelos mosquitos do gênero Aedes aegypti e Aedes albopictus, infectados, presentes em todos os municípios do Paraná.
"São dois casos importados, no entanto, intensificamos as medidas de controle, com a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes", afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
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Durante este período os agentes de endemia também realizaram ações de bloqueio para a dengue, com vistorias em torno da residência, sendo que não foi encontrado nenhum criadouro e nem focos do mosquito. "Agora, mais do que nunca, pedimos para que a população colabore na eliminação dos criadouros, porque o mosquito pode transmitir as duas doenças", explicou o secretário de Saúde de Maringá, Antonio Carlos Nardi.
Capacitação
Equipes da Secretaria da Saúde irão percorrer diversas cidades do Paraná para capacitar profissionais de saúde sobre o diagnóstico e tratamento de doenças transmitidas por mosquitos, principalmente a dengue. Eles também abordarão a febre chikungunya como diagnóstico diferencial.
"A diferença é que a febre chikungunya não evolui para a forma grave da doença, como a dengue, mas pode incapacitar e afastar a pessoa do trabalho por um longo período", explica o médico da Secretaria da Saúde, Enéas Cordeiro.
A chikungunya pode atingir todas as faixas etárias e os sintomas mais comuns são: febre, dor lombar, dor de cabeça, feridas na pele. Os sintomas desaparecem em até três semanas. No entanto, alguns pacientes podem ter recaída dos sintomas reumatológicos nos meses subsequentes. A mortalidade é rara e ocorre principalmente em adultos mais idosos.