O 44º boletim epidemiológico da dengue registra 22.946 casos da doença confirmados no Paraná. O informe publicado pela Secretaria de Estado da Saúde consolida os dados do período sazonal da doença, monitorado entre 29 de julho de 2018 até esta segunda-feira, 30 de julho. O ciclo registra 23 mortes por dengue no Estado.
"Estamos encerrando mais um ciclo de acompanhamento dos casos de dengue e outras arboviroses. Mas as ações de Vigilância e combate ao mosquito transmissor da dengue seguem em todo Estado e, da mesma forma, manteremos o monitoramento para o novo período de 2019/2020", explica a coordenadora da Divisão de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforça o pedido à população para que não deixe de tomar medidas de combate ao mosquito Aedes Aegypti. "É exatamente agora, no inverno, que devemos observar atentamente e eliminar os criadouros que podem estar próximos, principalmente em lugares não tão comuns como o pneu velho no quintal ou os pratos dos vasos de plantas."
Leia mais:
Famílias que ganham até R$ 1.200 por mês usam 82% dos recursos aplicados no SUS
Novo plano para combater câncer de colo do útero tem foco em rastreio e vacina
Brasil registra mais de 11 mil partos resultantes de violência sexual, diz pesquisa
Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS
ALERTA - A orientação da secretaria estadual da Saúde é para que as pessoas fiquem atentas a todos os tipos de criadouros. A coordenadora destaca que é importante verificar locais que muitas vezes não são identificados como criadouros, mas que colocam a saúde de todos em risco. Alguns exemplos são as caixas de água, que devem estar bem fechadas, antenas parabólicas, grades e portões, troncos ocos de árvores, além de ralos e vasos sanitários de residências que estão fechadas, como casas de praia.
Todo lugar que pode acumular água de ser investigado, limpo e protegido. "Os ovos do mosquito Aedes aegypti permanecem viáveis por até 450 dias. No momento em que encontram as condições ideais, como o aumento das temperaturas na mudança para a próxima estação, eclodem, se transformam em larvas e depois em mosquitos", explica Irvana.
O médico Enéas Cordeiro de Souza Filho, da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores, da Secretaria da Saúde, chama a atenção para a possibilidade de aumento do número de casos de dengue no próximo ciclo. "O risco é alto devido à circulação do novo sorotipo do vírus da dengue, o Den-2. Pessoas infectadas por subtipos diferentes em um período anterior podem evoluir para formas mais graves da dengue. Por isso, reafirmamos que este é o momento da eliminação dos criadouros".
CONSOLIDAÇÃO DE DADOS – O Paraná encerra o período com 22.946 casos confirmados de dengue, 22.360 deles considerados autóctones, ou seja, em que as pessoas contraíram a doença no município onde residem. O Estado registrou neste ciclo 23 óbitos por dengue. Foram confirmados também 29 casos de chikungunya e cinco de zika vírus.
As 22 Regionais de Saúde do Estado registram casos da doença – 96 municípios estão no patamar de epidemia de dengue e 57 estão em alerta. Apesar do encerramento do período, os dados do Boletim Semanal Epidemiológico nº 44 estão sujeitos a atualizações em função da finalização de investigação de casos.