Do total de internações hospitalares, 21% são por causas evitáveis, o que poderia gerar uma economia de até R$ 2 bilhões/ano com os custos médico-hospitalares. Os dados são da Pesquisa UNIDAS 2016, lançada nesta segunda-feira (12).
As causas mais frequentes entre as internações potencialmente evitáveis são hipertensão, gastroenterites e complicações, doenças cerebrovasculares, insuficiência cardíaca, infecção no rim e trato urinário e diabetes. As internações representam em torno de 50% do total das despesas, sendo que no último ano, o custo médio com internações teve variação de 13,4%.
"Embora a pesquisa tenha sido feita somente com beneficiários de planos de autogestão, a amostragem é bastante compatível com a realidade dos demais segmentos de saúde e serve de alerta para uma possível falha no acompanhamento do atendimento primário à saúde", informa o vice-presidente da UNIDAS, João Paulo dos Reis Neto.
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Já as principais causas de internações de maneira geral são: doenças do aparelho circulatório, com destaque para angina do peito, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e infarto agudo do miocárdio. Em segundo lugar, aparecem os casos de notificações de sintomas sem diagnóstico definido. Dentre os mais frequentes apontados temos dor abdominal, anormalidades respiratórias, febre, dor de garganta, náuseas e vômitos.
Os resultados da pesquisa apontam o panorama da maioria do segmento, com representatividade em torno de 65%, dentre os mais de 5,5 milhões de beneficiários vinculados às autogestões, espalhadas em todo o território nacional.
Pesquisa
Desde 2000, a UNIDAS promove, anualmente, uma pesquisa entre entidades filiadas e não filiadas, com o objetivo de conhecer o perfil das instituições de autogestão em saúde. Esta publicação consagrou-se como um importante referencial para identificar as tendências do mercado e auxiliar a tomada de decisões, sendo utilizada por todos os componentes do segmento privado da saúde, inclusive pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A pesquisa traz dados desde inflação médica até ranking das causas mais comuns em internações. Este ano, ela contou com 58 filiadas participantes, totalizando mais de 3 milhões de beneficiários. O ano base é 2015.