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Pesquisa revela novo método de diagnóstico de hipertensão

Redação Bonde com assessoria de imprensa
17 out 2012 às 10:28

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- Divulgação
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Um esforço de mais de 20 anos levou a um dos mais importantes avanços da ciência na luta contra a hipertensão. Após a descoberta de uma proteína que funciona como marcador biológico, a Prof. Dra. Dulce Elena Casarini, da Sociedade Brasileira de Hipertensão, como resultado de um estudo financiado pela FAPESP, lançará em parceria com a Proteobrás, um kit inédito com o primeiro marcador de pressão capaz de antecipar o diagnóstico da hipertensão, doença que acomete cerca de uma em cada três pessoas no mundo.

Os benefícios não param por aí, além do método não ser invasivo, ter baixo custo e resultado rápido, ainda é capaz de identificar lesão renal precoce em diabéticos. "Após a realização de um teste de urina, separamos a proteína por eletroforese e a transferimos para uma membrana, se o resultado for aumentado temos como diagnóstico uma lesão renal", explica a Prof.

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O kit que será lançado no próximo ano, só foi possível após a identificação de uma nova forma da enzima conversora de angiotensina I (ECA) que funciona como marcador biológico da doença em ratos e que desempenha o mesmo papel em seres humanos.

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O estudo inicial realizado com animais demonstrou que ratos hipertensos, sempre carregam esse composto na urina, enquanto os animais saudáveis e sem qualquer tendência a hipertensão, não apresentam essa forma da enzima.

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Para a comprovação da pesquisa, juntamente com a Dra. Frida Liane Plavnik, o Dr. José Eduardo Krieger e o Dr. Odair Marson (In memorian), foi realizado um estudo populacional para a comprovação da hipótese. Foi realizada uma amostragem aleatória com a população urbana de Vitória, Espírito Santo, seguindo as diretrizes gerais da OMS-MONICA Project [27, 28]. Ao todo foram 1.661 domicílios pesquisados no Hospital Universitário e submetidos a exames clínicos e laboratoriais. Os indivíduos com idade entre 25 e 64 anos foram inicialmente entrevistados em suas casas e, em seguida, foram programadas visitas ao hospital, onde foram submetidos a exames clínicos e laboratoriais.


O objetivo do estudo foi investigar, em um grande corte da população, a presença urinária do 90 kDa da ECA N-domínio e determinar sua associação com presença de hipertensão e fatores associados que podem contribuir para o desenvolvimento de pressão sanguínea elevada. O estudo comprovou a tese do grupo e em breve irá se tornar um exame preventivo que contribua para a redução do número de hipertensos no país.

Segundo a Prof, o teste é de extrema importância, pois indica a predisposição de uma pessoa à hipertensão, permitindo que ela tome medidas que retardem o aparecimento da doença e suas complicações. "A partir do resultado, as pessoas podem começar a se prevenir mudando seu estilo de vida, já que caso o paciente não tome as devidas providências o aumento de sua pressão será apenas uma questão de tempo", explica.


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