Uma equipe espanhola do Consejo Superior de Investigaciones Cientificas (CSIC), liderada por Javier Gil-Humanes, conseguiu com sucesso diminuir a expressão do glúten no trigo.
A notícia é especialmente relevante aos portadores de doença celíaca, uma desordem digestiva que atinge 1 em cada 133 indivíduos. A enfermidade afeta o intestino delgado de pessoas geneticamente predispostas, e é induzida pela ingestão de alimentos que contêm glúten (contido no trigo, na cevada e no centeio). Até agora, não há cura para a doença. Os celíacos devem evitar alimentos que contenham essa proteína, a exemplo de pães, massas e cervejas.
Diferentemente de outras culturas nas quais genes de tolerância a herbicidas ou resistência a insetos foram inseridos, a equipe de Gil-Humanes removeu a proteína do trigo por meio de RNA interferente. Isto resultou no decréscimo de gliadinas, uma das proteínas componentes do glúten.
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A continuidade dos estudos poderá, no futuro, levar à produção de pães e massas que possuam quantidades irrisórias de glúten, mantendo a qualidade do alimento feito com base em variedades de trigo convencionais. (Fonte: Conselho de Informações sobre Biotecnologia)