Durante dois anos, entre 2004 e 2006, na região de Porto Rico, noroeste do Paraná, e sudeste de Mato Grosso do Sul, médicos veterinários, biólogos e entomologistas capturaram e pesquisaram mais de 140 macacos-prego (das espécies cebus nigritus e cebus cay) e bugios (da espécie alouatta caraya) com o objetivo inicial de estudar a circulação do vírus da febre amarela nestes primatas. Felizmente nada foi comprovado.
O coordenador da pesquisa, professor e pesquisador Italmar Navarro, do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Estadual de Londrina, conta que este trabalho de campo teve vários outros desdobramentos importantes para a ciência, como a descoberta, já confirmada pelo Instituto Evandro Chagas, de Belém, da circulação do vírus da encefalite Saint Louis nos primatas pesquisados.
De acordo com informações da AEN, o projeto "Investigação e monitoramento da circulação do vírus da febre amarela e outros arbovírus de interesse visando a criação de um modelo estadual de vigilância epidemiológica" foi financiado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior/Fundo Paraná (R$ 298 mil). Também participaram desse trabalho, que conta com recursos da ordem de R$ 564 mil para o período 2007-2010, a Secretaria Estadual da Saúde; o Ministério da Saúde; a Fundação Nacional de Saúde (Funasa); o Instituto Evandro Chagas, de Belém; o Centro Nacional de Primatas, de Ananindeua, Pará; e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, que autorizou a captura dos animais.