O Paraná está se consolidando como referência nacional em cardiologia pediátrica pelo Sistema Único de Saúde. Crianças de todo o país já são encaminhadas ao Estado para tratamento nesta especialidade e o Ministério da Saúde quer que a rede pública paranaense amplie sua capacidade de atendimento.
A solicitação foi formalizada nesta sexta-feira (25) em reunião técnica entre representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde, em Curitiba. Segundo a coordenadora-geral de Regulação e Avaliação do Ministério da Saúde, Bianca Guimarães Veloso, o Estado do Paraná tem equipe médica e estrutura hospitalar necessária para dar esse respaldo ao SUS.
"Temos alguns Estados que também ofertam esse tipo de procedimento, mas o Paraná se firmou como o prestador mais significativo para a Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade", explicou Bianca. O Paraná serve de suporte para outros Estados que não dispõem do serviço ou não conseguem suprir a demanda existente.
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Em contrapartida, o Estado receberá, por ano, R$ 7,2 milhões a mais para aumentar o número de procedimentos.
Atualmente, sete hospitais paranaenses realizam procedimentos de alta complexidade em cardiologia pediátrica, o que torna do Paraná o principal polo de atendimento nesta especialidade. As principais referências são o Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo; Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul; e o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Além destes hospitais, a Policlínica de Pato Branco, Santa Casa de Londrina, Hospital de Clínicas da UFPR, de Curitiba, e o Instituto Nossa Senhora Aparecida, de Umuarama, também fazem cirurgias cardíacas pediátricas.
Além de profissionais especializados na área, essas unidades têm estrutura de retaguarda para atender qualquer tipo de intercorrência no procedimento, podendo inclusive dispor de leitos de Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica no próprio hospital ou na sua região.
Todo processo de transferência de pacientes entre Estados é administrado pelo Ministério da Saúde. Isto possibilita que as crianças tenham a garantia de atendimento de acordo com as suas necessidades clínicas. O objetivo é que o atendimento seja realizado em tempo oportuno, melhorando as condições de tratamento.