A decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de liberar a produção e a comercialização de remédios à base de maconha foi elogiada por neurologistas, médicos da principal especialidade em que o produto é utilizado. Para os especialistas, a medida facilita o acesso e pode reduzir os custos para os pacientes.
"Hoje, o processo de importação é demorado. A Anvisa demora de 45 a 60 dias para liberar a autorização. Com a nova regulamentação, o processo será muito mais ágil", diz Saulo Nardy Nader, neurologista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.
Ele elogiou ainda o fato de a Anvisa ter determinado critérios rígidos quanto à qualidade dos laboratórios produtores e determinar que as receitas médicas fiquem retidas no processo de venda.
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Para Sonia Brucki, integrante da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), a permissão para que parte da produção ocorra em território nacional deverá baratear o produto. "Ainda é um medicamento muito caro para o paciente. A tendência é que fique mais acessível", destaca.
Os especialistas afirmam ainda que a nova regulamentação pode fomentar mais pesquisas científicas sobre os efeitos do composto no tratamento de doenças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.