Itens de saúde, beleza e medicamentos estão entre os mais vendidos pela internet, segundo o estudo Web Shoppers. O resultado se repetiu nos últimos três anos em que o levantamento foi realizado e sugere a consolidação do que, antes, era apenas uma tendência. Em comum, esses produtos são comercializados por farmácias e drogarias.
"Isso demonstra não apenas uma oportunidade de negócios, mas a obrigação que os empresários do setor têm de investir nessa modalidade de vendas", diz Danieli Junco, diretora da Injoy Blend, uma consultoria de marketing, gestão de processos e capacitação da área de saúde.
Segundo a especialista, neste momento, as vendas online e pelo telefone se tornaram requisitos básicos. "Não se trata apenas de expandir o mercado, embora este seja o objetivo principal, mas também da manutenção dos clientes", diz. O raciocínio é simples: A cada dia mais consumidores vão adotar a comodidade de realizar suas compras sem sair de casa. Se a sua farmácia não oferecer essa alternativa, eles vão procurar outra.
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Danieli ressalta, no entanto, que o delivery deve ser planejado com metas mais ambiciosas do que simplesmente oferecer uma opção a mais para clientes já estabelecidos. "É preciso cuidado para que o projeto não se transforme apenas em uma migração do comércio da loja para a internet", ensina.
Ela afirma que a freqüência do público dentro das drogarias facilita a fidelização e estimula a compra de outros produtos, por isso deve ser preservada. "O delivery é fundamentalmente uma ferramenta para a expansão das vendas e que, eventualmente, também será desfrutado pela clientela tradicional".
Para que esses resultados apareçam são necessárias atenção especial para a estratégia de divulgação e, principalmente, para a qualificação da mão-de-obra. "Os atendentes, o farmacêutico e a eficiência da entrega, têm papel fundamental, pois é por meio deles que o consumidor vai avaliar o serviço. Ao mesmo tempo é essencial identificar qual o público que a drogaria deseja agregar e preparar uma divulgação específica para essas pessoas", diz Danieli.
A diretora da Injoy Blend esclarece que essa preocupação não deve ser de exclusividade das grandes empresas. "Pelo contrário, as grandes redes já têm serviços estruturados e foram responsáveis por essa mudança de hábito de consumo. Agora é o momento das pequenas e médias se adequarem, pois elas ainda têm uma grande parcela de mercado para atender".
Porém, explica Danieli, é fundamental o planejamento. "Antes de iniciar o projeto é preciso um plano de negócios com metas bem claras e que leve em conta a área de atuação, tecnologias empregadas, necessidade de contratação de novos funcionários, revisão da tabela de preços, forma de pagamentos e o incremento projetado para o negócio", diz. E o ideal, segundo ela, é começar da maneira "mais prudente", principalmente considerando que as margens de lucro são baixas. É preciso levar em consideração que esse tipo de serviço estimula venda no cartão de crédito que previne a inadimplência, mas compromete a margem por conta das taxas do cartão. "Mas com objetivos bem definidos e organização é possível obter bons resultados e manter-se competitivo, agregando serviço e fidelizando clientes", finaliza Danieli (com Assessoria de Imprensa Injoy Blend).