O ministro da Saúde, Arthur Chioro, descartou ontem o caráter temporário do programa federal Mais Médicos. Ele afirmou que, mesmo depois de ampliadas as vagas de cursos de Medicina e de residência, o programa deverá continuar. "O Mais Médicos veio para ficar."
Segundo Chioro, o programa é uma garantia de oferta de profissionais para cidades mais afastadas, consideradas pouco atrativas. "Não adianta apenas a residência. É preciso um indutor para que o médico fique em locais mais afastados durante um período. Caso contrário, o residente continuará optando pelos grandes centros", disse.
Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que 750 profissionais se candidataram para a segunda chamada do Mais Médicos. Eles têm até o dia 2 para se apresentar aos postos de trabalho. Caso todos iniciem o trabalho, 98% das vagas da expansão do programa terão sido preenchidas. "Restarão para a terceira chamada 85 postos de trabalho, distribuídos em 47 municípios. É um número a se comemorar", disse.
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O ministro acredita em uma tendência de substituição progressiva dos profissionais estrangeiros por brasileiros. Ele afirmou que, diante dos números, dificilmente será necessária a realização de um convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para recrutamento de profissionais em Cuba. "Há ainda a terceira chamada, depois as vagas serão abertas para profissionais brasileiros formados no exterior e para estrangeiros."
Para o ministro, o Mais Médicos não serve apenas para alocar médicos nos municípios brasileiros, mas para fortalecer a atenção básica. A pasta garante que 94% da população que usa os serviços oferecidos avalia o programa como satisfatório. A iniciativa conta, ao todo, com 14.462 médicos que prestam assistência a 50 milhões de brasileiros em 3.785 municípios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.