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Região Sul é campeã em mortes por gripe no Brasil

Redação Bonde com AEN
08 nov 2012 às 16:07

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Os secretários da Saúde dos três estados do Sul reuniram-se nesta quarta-feira (7) em Florianópolis (SC) para definir estratégias de enfrentamento da gripe para o ano que vem e unificar reivindicações ao Ministério da Saúde. A região concentra o maior número de casos e mortes em decorrência da doença no Brasil. Por isso, reivindica prioridade no repasse de recursos, vacinas e medicamentos. Entre outras medidas, os secretários pedem a antecipação da vacinação para abril e a ampliação dos grupos a serem imunizados.

"Achamos inaceitável que uma região que apresenta maior risco para epidemias da doença seja tratada da mesma forma que outras com menor risco", disse o secretário da Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto. Ele lembrou que este é o segundo encontro dos três estados para tratar o tema. Na primeira reunião, em junho de 2011, foi elaborado um documento solicitando ao Ministério da Saúde que a campanha de vacinação de 2012 fosse antecipada e ampliada na região Sul. Contudo, o pedido não foi atendido.

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O novo documento propõe a antecipação da vacinação para abril e prioridade para a região Sul na distribuição dos lotes. Além disso, os três estados pediram mais doses para imunizar número maior de pessoas. A intenção é estender a vacinação para crianças com idade entre 2 e 5 anos, doentes crônicos cadastrados em programas de saúde, todos os profissionais de saúde, população albergada, cuidadores e população prisional de delegacias. Atualmente, são atendidos os grupos formados por crianças menores de 2 anos, idosos com mais de 60 anos, gestantes, população indígena, população prisional de penitenciárias e profissionais de saúde que fazem atendimento a casos de Influenza.

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Os secretários também sugerem uma campanha educativa nacional sobre a gripe voltada à população, com informações sobre as medidas preventivas e formas de acesso ao tratamento, e para profissionais de saúde, com procedimentos indicados na assistência aos pacientes.

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TRATAMENTO – Para a área de tratamento de doentes, a proposta é consolidar as estratégias adotadas pelo Paraná. Antes mesmo da recomendação do Ministério da Saúde, o Estado oferecia o medicamento indicado para tratamento das síndromes gripais, o oseltamivir (Tamiflu) mesmo sem diagnóstico laboratorial. A medida acelera o tratamento e a recuperação de pacientes que apresentam sintomas característicos de gripe e evita que o quadro se agrave.


O documento solicita ainda que o Ministério da Saúde forneça o oseltamivir em quantidade suficiente para atender todos os casos suspeitos de gripe, inclusive em apresentações pediátricas.

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No período de inverno, o número de consultas e internamentos por síndromes respiratórias aumenta. A maioria dos casos graves necessita de isolamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Para arcar com a ampliação da oferta desses leitos e a aquisição de outros equipamentos necessários, como oxímetros de pulso e aparelhos de ventilação mecânica, os governos estaduais também pediram mais recursos federais.


O objetivo é fortalecer e qualificar a estrutura disponível para o atendimento, com investimentos nos hospitais de referência e nas unidades básicas de saúde (UBS). "Queremos também ampliar o horário de funcionamento das UBS, desafogando os prontos-socorros dos hospitais que atenderiam apenas os casos mais graves", explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.


MONITORAMENTO – As secretarias de saúde também reivindicam mais recursos federais para melhorar o monitoramento dos vírus respiratórios circulantes no país. Os investimentos serviriam para qualificar o processo de diagnóstico molecular nas unidades sentinelas e nos laboratórios de referência de cada Estado.

Durante a reunião foram apresentados os novos números da gripe no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Juntos, os três estados registraram 183 mortes por gripe A (H1N1) neste ano. O Paraná confirmou 40 mortes. Santa Catarina informou 76 mortes e o Rio Grande do Sul, 67 mortes. De acordo com os dados, entre 60% e 80% dos óbitos foram de pessoas que tinham algum tipo de doença pré-existente, o que contribui para o agravamento dos problemas respiratórios.


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