Tremores, rigidez dos músculos e até mesmo a perda da capacidade de se locomover sozinho, esses são alguns dos sintomas do mal de Parkinson. Doença que é causada pela morte dos neurônios responsáveis pela produção da Dopamina, componente químico importante para função motora.
Ainda não se sabe o motivo da perda dos neurônios, porém para a comunidade médica a herança genética pode ter alguma influência. Para esclarecer dúvidas sobre a doença, o neurologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Sérgio Butori, fala sobre seu diagnóstico e tratamento.
O Parkinson atinge 1% da população mundial, porém, há casos de parkinsonisno, que são os sinais e sintomas iguais ao do Parkinson causados por uso de medicamento, sintomas da hidrocefalia, a agentes tóxicos, metabólicos, múltiplas isquemias cerebrais, e que podem ser revertidos conforme o agente que o causou, diferente da doença.
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Ainda assim, "a doença é responsável por 80% dos casos de parkinsonismo. Sua incidência é de 20 casos a cada 100 mil habitantes por ano", esclarece o neurologista.
A doença se manifesta, em sua maioria em idosos acima dos 70 anos, o que representa 75% dos casos registrados, porém, como lembra o médico "idade média para inicio dos sintomas é aos 53 anos. Há ainda casos esporádicos de surgimento antes dos 40 anos de idade".
Diagnóstico
O diagnóstico da doença de Parkinson é feito por exclusão,"Muitas vezes recomendamos exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, entre outros, quando há duvidas de que o paciente possa apresentar outra doença no cérebro. Ainda assim o diagnóstico do Parkinson é baseado no histórico clínico do doente e no exame neurológico", explica o Dr. Sérgio.
O neurologista lembra que "Não há nenhum teste específico para fazer o diagnóstico da doença de Parkinson, nem para a sua prevenção".
Tratamento
O tratamento da Doença de Parkinson é feito com a administração de Dopamina sintética, porém, após cinco anos de uso podem surgir efeitos colaterais, como movimentos tipo Coreicos, que são na maioria das vezes mais difíceis de tratar, que os movimentos devidos ao Parkinson. O Dr. Sérgio ainda ressalta, "a arma da medicina para combater o Parkinson são os remédios, além da fisioterapia e a terapia ocupacional.
Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com a fala e a voz". "Os familiares devem buscar entender mais sobre mal de Parkinson, para estimular seus parentes no tratamento. Há também entidades e associações que oferecem suporte psicológico o que auxilia no tratamento" conclui o profissional.