A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) de Londrina divulgou informações atualizadas sobre a dengue e o sarampo no município. De acordo com os dados, a cidade registra 13.546 notificações relacionadas à dengue, das quais 3.200 foram confirmadas, 9.570 descartadas, e outras 776 estão em análise, aguardando o resultado de exames laboratoriais.

Embora o número de confirmações tenha diminuído de 78 em julho para 13 em agosto, a doença continua sendo uma preocupação para o município, principalmente com a chegada das estações mais quentes, que favorecem a eclosão dos ovos do Aedes aegypti.

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, o vírus da dengue continua circulando em Londrina e as pessoas continuam adoecendo em decorrência disso. "Os focos do mosquito estão dentro das casas das pessoas, está claro que nós criamos o Aedes como bicho de estimação em casa", alertou.

Como medida de combate do vetor da dengue, a SMS vai promover, neste sábado (14) e domingo (15), uma ação de recuperação dos imóveis que os agentes não conseguiram vistoriar, por estarem fechados. No sábado a atividade será realizada em imóveis localizados em todas as regiões da cidade. No domingo, serão vistoriados os imóveis nas regiões oeste (Jardim Tókio, Jardim Olímpico e Vila Industrial); região sul (Jardim Acapulco); e região norte (Conjunto Maria Cecília).

Sarampo - A SMS informou que o município contabiliza quatro casos suspeitos de sarampo, os quais estão em investigação: uma criança de 4 anos, que teve contato com pessoas de São Paulo e aguarda o resultado da segunda amostra, já que a primeira foi inconclusiva. Uma de 11 meses, que não teve contato com pessoas com sarampo; uma de 12 anos, que também não teve contato com pessoas acometidas pela doença; e uma de 40 anos, que teve contato com pessoas de São Paulo.

Até agora, receberam a dose adicional da vacina contra sarampo, voltada para crianças entre 6 meses e 11 meses, conforme orientação do Ministério da Saúde (MS), 1.716 bebês em Londrina, o que representa 33% de cobertura entre as 5.182 crianças com esta faixa etária no município. A dose adicional começou a ser aplicada no dia 22 de agosto.

A diretora de Vigilância em Saúde contou que o número de doses aplicadas deveria ser maior, considerando que a vacina já está sendo ofertada há quase um mês para este público-alvo. "Os pais já tiveram diversas oportunidades para vacinar os filhos, mas percebemos que nos últimos dias a procura pela imunização diminuiu. Solicitados que estas crianças sejam levadas para as unidades de saúde, para que recebam a vacina", apontou.

Além da dose adicional, o Ministério da Saúde mantém a vacinação de rotina contra sarampo, voltada para crianças com um ano de idade e com 15 meses, ministrada na tetra viral, contra caxumba, sarampo, rubéola e varicela. A vacina contra sarampo é recomendada para todas as pessoas abaixo de 50 anos. As que estão na faixa etária de 1 a 29 anos devem receber duas doses e as com 30 a 49 anos, uma dose. Acima de 50 anos, ela é aplicada em circunstâncias especiais. Além disso, os profissionais de saúde devem receber duas doses, independentemente da idade.

As pessoas que vão para áreas de risco também devem ser imunizadas, 15 a 20 dias antes de se deslocarem. A vacina disponibilizada na rede pública é a tríplice viral, que além do sarampo, protege contra caxumba e rubéola. A sua eficácia está em torno de 90%. O total de vacina tríplice viral aplicada em toda a população de Londrina, de janeiro a setembro, foi de 19.122 doses.