A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou, na manhã desta quinta-feira (27), os dados do 2º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2017. O Índice de Infestação Predial foi de 5,3%, o que caracteriza situação de risco para epidemia de dengue, já que o índice satisfatório, preconizado pelo Ministério da Saúde, é abaixo de 1%. Isso quer dizer que a cada 100 imóveis vistoriados na cidade cinco apresentaram focos do mosquito.
Com relação ao 1º LIRAa de 2017, divulgado em janeiro, houve um aumento de 1,2%, quando o índice foi de 4,1%. Além disso, houve um aumento 3,3% em comparação com o LIRAa do mesmo período de 2016, quando foi apontando o índice de 2,0%. Em 2015 o LIRAa do mesmo período foi de 4,8% e em 2014 foi de 6,3% em igual período.
O maior índice de infestação, apontado pelo levantamento, foi na região central (7,24%), seguida da região sul (6,12%), norte (5,64%), leste (4,17%) e oeste (3,97%). As cinco piores localidades em infestação para o Aedes aegypti foram: Parque Maria Estela (33,33%), na região norte; Vale Azul (22,58%), na região sul; Vila Yara (22,22%), no centro; Paris (18,60%) na região norte; e Meton (17,65%), na região leste.
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Os criadouros foram 40,7% do tipo D2 (lixo), ou seja, recipientes plásticos, garrafas e latas, seguido pelo tipo B (33,2% dos criadouros) que são os depósitos móveis (vasos, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, entre outros). O principal criadouro apontando no ranking foi o prato de planta, seguido por plástico em geral e balde.
O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, ressaltou que o aumento de mais de 1% em relação ao primeiro índice do ano é visto com preocupação pelo Município. Segundo ele, a Prefeitura vai desenvolver uma série de ações emergenciais a fim de diminuir a infestação, como a intensificação das ações realizadas pelos agentes de endemias, a retomada do Comitê Gestor da Dengue, com a participação da sociedade civil organizada, e envolvimento a sociedade para colaborar na luta contra o Aedes aegypti.
Machado destacou que o principal criadouro ainda é aquele que normalmente está dentro da casa das pessoas, como recipientes plásticos e garrafas, e isso serve para que o Município reforce a necessidade do cidadão estar fazendo a verificação em seu quintal, fazendo o recolhimento de objetos que podem acumular água, para que não sirvam de criadouros para o mosquito. "Entendemos que se não realizarmos estas ações agora, quando chegar o período de calor poderemos ter uma epidemia de dengue", frisou.
A diretora de Vigilância em Saúde, Sandra Caldeira, informou que serão desenvolvidas ações preventivas em todas as regiões da cidade. "Vamos intensificar as ações principalmente nos locais que apresentaram maiores índices, para que não haja um aumento no número de casos de dengue, além de óbitos relacionados à dengue e uma epidemia", salientou.
O trabalho de campo, necessário para elaboração do 2º LIRAa do ano, foi realizado de 10 a 13 de abril, quando foram vistoriados cerca de nove mil imóveis de 185 localidades da área urbana, incluindo residências, comércios e terrenos baldios. O trabalho contou com o envolvimento de 200 agentes de endemias e de servidores do Ministério da Saúde.