Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Internações sobem

Seis capitais têm mais de 80% de lotação de UTIs para Covid-19

Folhapress
20 nov 2020 às 11:26
- Reprodução/Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A ocupação de leitos de UTI para pacientes graves da Covid-19 no país voltou a preocupar especialmente nas três capitais do sul do país, que, no início da pandemia registravam relativo controle da doença, e em Vitória, no Espírito Santo.


Também voltaram a subir as internações em Manaus, cidade cujas imagens de enterros em série nas valas coletivas rodaram o mundo.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Em ao menos seis capitais, a ocupação de leitos de UTI estaduais chega ou supera 80%, segundo levantamento da Folha com prefeituras e governos estaduais. E o número pode ser maior, já que Recife e Macapá, por exemplo, não informaram dados, mas seus estados apresentam taxas elevadas de lotação, de mais de 70% -e leitos de UTIs tendem a se concentrar a maioria nas capitais.

Leia mais:

Imagem de destaque
Saiba mais

Anvisa discute regulamentação de cigarro eletrônico no Brasil

Imagem de destaque
Pacientes de até 12 anos

Unimed Londrina inaugura nova unidade de atendimento pediátrico 24 horas

Imagem de destaque
Entenda

Saúde não vai ampliar faixa etária de vacinação contra a dengue no PR

Imagem de destaque
Municípios decidem estratégias

Saúde amplia vacina contra a dengue com vencimento até 30 de abril para 4 a 59 anos


No Sul, há excesso de pacientes graves da Covid-19 em todas as capitais. São 87,76% dos leitos de UTI ocupados em Florianópolis, 85,38%, em Porto Alegre, 85,39%, e 82%, em Curitiba.

Publicidade


No Paraná, em geral, 56% de UTIs receberam pacientes da doença. Mas em Curitiba alguns hospitais particulares estão trabalhando com capacidade máxima.


Diante do avanço da pandemia na cidade, a prefeitura suspendeu cirurgias eletivas (não urgentes), mas também autorizou a volta às aulas de crianças com menos de dez anos em escolas particulares. O comércio também continua aberto na capital. O ensino público presencial, estadual e municipal, no entanto, tende a retornar somente no ano que vem.

Publicidade


Santa Catarina tem aumentado seus números de contaminados. No estado, a ocupação das UTIs, na terça, era de 75,66%, e Florianópolis está sob "risco gravíssimo". Nos últimos feriadões, as cenas foram de praias lotadas, o que influenciou o surgimento de uma segunda onda de Covid-19 na cidade.


A governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido) recebeu diagnóstico de Covid-19 na última semana. Ela chegou a apagar das redes sociais uma mensagem em que pedia para a população usar máscara.

Publicidade


Rio Grande do Sul tinha 74,9% das UTIs ocupadas. Na capital gaúcha, onde a ocupação era de 85,39%, há hospitais com ocupação total, como o Moinhos de Vento, segundo os dados da prefeitura.


Porto Alegre havia sido considerada região de "risco alto", no mapa divulgado pelo governo gaúcho na última sexta-feira (13). Porém, após recurso do município, o governo considerou a capital gaúcha como "risco médio", sem restringir serviços e atividades econômicas.

Publicidade


O prefeito, Nelson Marchezan Jr. (PSDB) anunciou na terça (17) que seu exame resultou positivo para Covid-19. "Meus sintomas são leves e estou em casa, cumprindo isolamento. Aproveito para pedir novamente que os porto-alegrenses não descuidem dos protocolos e, se sentirem algum sintoma, que procurem nossa rede de saúde", escreveu Marchezan em uma rede social.


No Sudeste, a região metropolitana de Vitória é a mais lotada de pacientes da Covid-19 no país, com taxa de 87,8% nas UTIs. A rede soma leitos públicos e privados, filantrópicos e federalizados contratados ou contratualizadas pela gestão de Renato Casagrande (PSB). O estado registrou 172.924 casos e 4.037 mortes relacionadas à doença.

Publicidade


No Amazonas, todas as UTIs se concentram na capital, a primeira a sofrer colapso na rede de saúde. Enquanto sobe a taxa de ocupação dos leitos no Estado, hoje de 82%, reduziu-se de 223 para 142 o número de leitos só para a doença desde agosto.


Na última terça-feira (17), Manaus superou a marca de 3.000 mortes na pandemia. No mesmo dia, a Prefeitura de Manaus publicou um decreto que mantém fechada, até 31 de dezembro, a praia da Ponta Negra, principal balneário público da capital.

Publicidade


Também merece atenção o vizinho Pará, entre os estados que mais reduziram leitos da doença na pandemia. Na capital, Belém, a taxa de ocupação é de 73%, mas em geral os leitos distribuídos pelo estado mantêm índice de 50%.


No Rio, o aumento da doença voltou a preocupar. Embora na rede estadual a taxa de ocupação de UTIs seja de apenas 56%, números da prefeitura mostram que 97% dos 251 leitos municipais da capital estão lotados –ou seja, só restam oito vagas.


A disparada fez a Secretaria Municipal de Saúde enviar uma carta interna às coordenações de atenção primária da cidade na última semana: "Vivemos um expressivo aumento do número de atendimentos de síndrome gripal, casos confirmados e internações por Covid-19 nas últimas semanas", alerta o comunicado.


A lotação também se deve à redução dos leitos públicos nos últimos meses. O único hospital de campanha que restou foi o da prefeitura, já que a gestão do governador afastado Wilson Witzel (PSC) fechou todas as suas unidades. O governo federal também desativou as poucas vagas que existiam no Hospital de Bonsucesso após um incêndio em outubro.


Em São Paulo, a ocupação de leitos aumentou no mês de novembro, de 40% no início do mês para 43%. As internações em geral, que incluem pacientes em enfermaria e UTI, eram 6.650 no começo do mês e na segunda-feira (17) eram 7.705. Os números referem-se à média móvel nos sete dias até a data indicada.


Apesar disso, a ocupação de UTIs ainda é menor que a registrada no último levantamento, em 10 de agosto; nessa data, era de 59% tanto no estado quanto na capital paulista. Na capital paulista, a lotação era de 52% na segunda.


No Centro-Ceste, antes com baixos índices de pacientes graves, Campo Grande registrou nesta semana 76% de ocupação nas UTIs. Se for considerada apenas leitos SUS, a taxa é de 83%, mas a prefeitura utiliza leitos contratados da rede privada para dar conta dos casos de internação decorrentes da Covid-19. No estado, a situação é mais confortável, com taxa de ocupação de UTIs em 29%.


No Amapá, estado que vive situação de caos com o apagão elétrico nas últimas semanas, também convive com o avanço da pandemia. São 79% dos leitos de UTI para Covid-19 ocupados no estado, que chegou a cancelar cirurgias eletivas durante a falta de fornecimento de energia.


Minas Gerais, que não divulga separadamente leitos gerais do SUS de leitos reservados para a Covid-19, tem 62,9% de ocupação de UTIs -18,3% de leitos ocupados com casos relacionados à doença até quarta-feira. Minas tem 387.751 casos confirmados e 9.605 mortes até quarta-feira (18).


A capital mineira tem 33,5% dos leitos de UTI para Covid ocupados. Por ora, segundo o infectologista Carlos Starling, membro do comitê de enfrentamento à Covid-19 da prefeitura, não há indicativo de novo fechamento do comércio na capital mineira, que segue com algumas restrições de dias e horários. Para abertura de escolas, diz ele, foi estabelecido o critério de menos de 20 casos para 100 mil habitantes como parâmetro de segurança.


Nos últimos dez dias, Pernambuco precisou mobilizar novamente leitos de UTI destinados a pacientes com síndrome respiratória aguda grave devido ao aumento de casos.No dia 7 de novembro, a taxa de ocupação dos leitos de UTI/Covid ficou em 81% e voltou a preocupar as autoridades sanitárias.


O governo ampliou, na última semana, a oferta de vagas. Passou de 780 para 833. Nesta terça-feira (18), 73% dos 833 leitos estavam ocupados. No início de agosto, o índice era de 63% para o quantitativo de 868 vagas.

Estão com patamares mais controlados, no Centro-Oeste, Cuiabá (29% de leitos ocupados) e Goiânia (42%), algumas capitais do Nordeste, como Maceió (taxas de 26%), São Luís e Aracaju, ambas com 37%. O local com maior tranquilidade da doença é Palmas, com apenas 10% dos 76 leitos em uso para pacientes da Covid-19.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade