Os servidores estaduais da Saúde do Paraná decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (26) em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, que vão manter a paralisação, que chegou nesta terça-feira ao nono dia. Os servidores vão esperar uma reunião marcada para o próximo dia 2 de abril em mais uma rodada de negociação com o governo do Paraná.
Durante a tarde, os servidores fizeram uma manifestação no centro de Curitiba que chegou ao Palácio Iguaçu. Eles se concentraram em frente ao prédio da administração estadual até o momento em que foram recebidos pela secretária de Administração e Previdência, Dinorah Nogara. Eles criticam o governo estadual por falta de diálogo com os funcionários e poucas propostas concretas apresentadas até o momento.
Na reunião, a Secretaria de Administração e Previdência (Seap) apresentou um posicionamento para discutir melhor o Quadro Próprio dos Servidores da Saúde, que está entre as reivindicações dos funcionários da Saúde do Estado. Os servidores devem ser novamente recebidos pelo governo na quarta-feira (2) para a apresentação de um plano de cargos.
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O Estado ainda se comprometeu a abrir um concurso para 1,5 mil vagas, após levantamento das necessidades da área de Saúde e respeitando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. O concurso deve ser aprovado ainda no primeiro semestre pelo governador Beto Richa.
Richa disse que entende as reivindicações dos servidores e que está aberto ao diálogo. Entretanto, informou que há necessidade de avaliar as contas do estado antes de conceder os benefícios. "Há que se ter a compreensão também de que temos restrições de ordem financeira e orçamentária. O dinheiro não é meu, é dos contribuintes. Temos que ter parcimônia, sermos racionais na divisão desses recursos".