Servidores ligados à área de saúde em nove municípios do Paraná paralisaram suas atividades nesta terça-feira (25), em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. De acordo com o Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná (SindSaúde), a mobilização teve início às 7 horas e acontece em Londrina, Lapa, Cascavel, Ponta Grossa, Curitiba, Campo Largo, Paranaguá, Guarapuava e Francisco Beltrão, com possibilidade de adesão em vários outros municípios.
Em todos os locais, somente os serviços de urgência e emergência, que representam 30% do atendimento, seguem funcionando normalmente. Em Londrina, os servidores dos hospitais da Zona Norte e da Zona Sul aderiram à paralisação. Por volta das 9h30 da manhã já havia uma grande quantidade de pessoas esperando por atendimento no Hospital da Zona Norte. De acordo com informações da CBN Londrina, vários pacientes que tinham cirurgias marcadas para hoje tiveram que remarcar os procedimentos. A orientação é para que as pessoas procurem outras unidades de saúde.
Dentre as reivindicações dos servidores está a negociação do Plano de Cargos e Carreiras, a transformação do vale-transporte em auxílio-transporte, a volta da jornada de trabalho para 30 horas semanais na área da saúde e a reposição da grade de funcionários.
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Resposta do Governo
O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, e a secretária estadual da Administração e da Previdência, Dinorah Botto Portugal Nogara, anunciaram nesta terça-feira (25), em reunião com o SindSaúde - Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná - que o Governo do Estado encaminhou para a Assembleia Legislativa o projeto de Lei que transforma o vale-transporte em auxílio-transporte. Se aprovada, a lei determinará o pagamento do benefício em folha.
Os secretários também anunciaram que a Secretaria da Administração vai aceitar declaração de comparecimento como justificativa de ausência do servidor ao trabalho em razão de consultas médicas, odontológicas e serviços de diagnóstico. O ofício circular foi assinado nesta terça-feira (25) pelos secretários e passa a valer a partir desta data.
Já a definição do quadro próprio dos servidores foi objeto de estudo de uma comissão formada pelas secretarias da Saúde e da Administração, Conselho Estadual de Saúde e SindSaúde. A proposta está em estudo de viabilidade para implantação.
"Qualquer mudança que implique novos custos ao erário público esbarra na Lei de Responsabilidade Fiscal e depende do crescimento da receita do Estado. A redução da jornada para 30 horas semanais é um desses pontos", destacou a secretário a Dinorah Nogara.
(Atualizado às 11h45)