Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Entenda

Superbactéria circulou no Brasil antes de ser descrita pela China

Agência Brasil
28 fev 2019 às 16:21

Compartilhar notícia

- Shutterstock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina e do Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) descobriu que a bactéria Klebsiella pneumoniae, super-resistente a antibióticos, já circulava pelo Brasil em 2011, quatro anos antes de ser descrita na China, em 2015. O estudo foi publicado na revista científica Bone Marrow Transplantation, do grupo Nature.


O trabalho foi conduzido pela professora doutora Silvia Figueiredo Costa, do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP e diretora técnica do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (USP) e pela professora doutora Ester Sabino, também do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Ele foi realizado com base no banco de dados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e apontou que, de 1.042 pacientes que se submeteram a um transplante de medula entre os anos de 2008 e 2015 nesse hospital, 12 se infectaram com a bactéria super-resistente aos antibióticos. E, deste total, 10 morreram.

Leia mais:

Imagem de destaque
Chips da beleza

Denúncias contra médicos por receita de hormônios cresceram 120% em um ano, diz CFM

Imagem de destaque
Confira

Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda

Imagem de destaque
Dezembro Vermelho

Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina

Imagem de destaque
Porecatu

Saúde investiga circulação do vírus causador da Febre do Nilo no norte do Paraná


A Klebsiella pneumoniae é uma bactéria presente no trato gastrointestinal de humanos e animais. Ela pode ser encontrada também no meio ambiente, na água, nos alimentos e no sistema de esgoto. Eventualmente pode ser identificada nas mãos de profissionais da saúde, em equipamentos hospitalares e no ambiente hospitalar, como na cama do paciente, por exemplo. E pode causar diferentes tipos de infecção - como infecção urinária ou no sangue – que podem levar à morte.

Publicidade


Essa resistência da bactéria pelo uso de antibióticos foi descoberta pela China em 2015. A China analisou que cepas de Klebsiella adotam um mecanismo de resistência à colistina [um antibiótico que é usado como último recurso no tratamento de infecções por bactérias], denominado MCR-1. Até então, esse mecanismo era desconhecido no mundo.


O que pode ter provocado essa resistência é o uso indiscriminado do antibiótico colistina na veterinária e na agricultura. Em humanos, o uso de antibióticos é controlado, ou seja, só pode ser vendido sob prescrição médica. No caso específico da colistina, seu uso em humanos é ainda mais controlado: ele só ocorre em hospitais.

Para prevenção da bactéria, a pesquisadora diz que é importante controlar o uso de antibióticos e isolar o paciente infectado. Além disso, destacou, é preciso que os profissionais da saúde adotem hábitos como a higiene das mãos e uso de luvas e aventais no cuidado com o paciente.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo