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Apesar de lei

Tabagismo passivo atinge 12% da população de Curitiba

Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba
29 ago 2013 às 08:52

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Mesmo com as restrições impostas pela lei para os espaços em que é permitido fumar, ainda há uma grande parcela da população que está exposta à fumaça do tabaco. De acordo com a pesquisa Vigitel 2011 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde, 12% dos habitantes de Curitiba são considerados "fumantes passivos". Ou seja, não são fumantes, mas, por conviverem com pessoas que fumam, estão expostas aos mesmos malefícios que o cigarro e outros derivados do tabaco apresentam aos usuários.

O tabagismo passivo também é considerado a terceira causa de morte evitável, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atrás apenas do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.

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De acordo com a Vigitel, no local de trabalho, o número de fumantes-passivos chega a 12,2%. Nas residências, esta taxa não é muito diferente e atinge 11,8% da população. A pneumologista Luci Bendhack, médica do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria Municipal da Saúde, explica que a fumaça do tabaco é altamente tóxica e compromete a qualidade de vida de todos aqueles que estão expostos a ela. Nas partículas da fumaça do cigarro são encontradas substâncias como nicotina, alcatrão e benzina, além de gases como o monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia, entre outros.

Problemas respiratórios -
Crianças que inalam a fumaça do tabaco sofrem com maior incidência de problemas respiratórios, como bronquites, pneumonia e infecções no ouvido, além de irritação nos olhos. "Hoje em dia o fumante tem consciência dos danos que provoca aos outros e ao meio ambiente. Em muitos casos, esse é um dos motivos que o leva a buscar tratamento", comenta Luci.

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A médica afirma que, a exemplo do que acontece com o fumante, o fumante passivo também está exposto ao aparecimento de câncer no aparelho respiratório, desenvolvimento de doenças cardiovasculares, infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e enfisema pulmonar, entre outras doenças.

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A pneumologista cita um levantamento feito em 2008, que avaliou os custos do tabagismo passivo no Brasil. Foram estimados as gastos com as doenças cérebro vasculares, cardiovasculares e câncer de pulmão atribuíveis à exposição à fumaça do tabaco em domicílios de áreas urbanas. Foram gastos em torno de R$ 20 milhões por ano com despesas médico-hospitalares pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento destas três doenças em fumantes passivos. Além disso, a estimativa de gastos indiretos, com pensões e benefícios do INSS, giram em torno de R$ 18 milhões por ano. "Estes números seriam muito maiores se fossem consideradas todas as doenças. São recursos que poderiam ser empregados em outros programas de saúde", enfatiza.


Nilda Ribeiro Pereira, de 64 anos, e o marido João Oto Pereira, de 65 anos, decidiram procurar ajuda em conjunto. Os dois fumaram por 40 anos e já tinham tentado largar a dependência, até então sem sucesso. Eles começaram a frequentar o Programa de Controle do Tabagismo na Unidade de Saúde Vila Leonice, no bairro Cachoeira, e agora comemoram os quatro primeiros meses sem o cigarro. "Nós precisávamos de ajuda profissional para largar o cigarro e tinha que ser uma decisão conjunta, porque se um continuasse a fumar, o outro não resistiria", conta Nilda. Os benefícios à saúde já estão sendo notados, segundo ela. "Fomos a um jantar e dançamos a noite toda, sem cansar. Fumando isso não seria possível", afirma.


O Programa de Controle do Tabagismo está disponível em 56 unidades de saúde, mas a previsão é que até julho de 2014 esteja funcionando em todas as 109 unidades. O tratamento é feito com abordagem cognitivo-comportamental, preferencialmente em grupos de apoio, e medicamentos, quando necessário.

Nesta quinta-feira (29), em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, profissionais da Prefeitura de Curitiba estarão fazendo ações de conscientização da população sobre os riscos do tabaco na Boca Maldita, em Curitiba.


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