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Transplante de rim pode ocorrer mesmo com órgão imperfeito, diz estudo

UOL/Folhapress
14 jan 2020 às 08:59
- Elza Fiúza/Agência Brasil
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A fila para receber um transplante renal é longa em diversas partes do mundo. No entanto, de acordo com um estudo conduzido pela Johns Hopkins Medicine, muitos dos rins que estão sendo descartados por serem considerados inadequados pelos critérios médicos atuais poderiam salvar vidas.

No artigo publicado no periódico JAMA Network Open, os cientistas recomendam enfaticamente que os rins colhidos com IRA (Insuficiência Renal Aguda) - condição em que os rins deixam repentinamente de filtrar os resíduos do sangue - não sejam mais rejeitados completamente, a fim de reforçar os esforços para reduzir a escassez drástica de órgãos disponíveis para transplante nos Estados Unidos, local onde o estudo foi feito.

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Atualmente, a taxa nacional de descarte ou rejeição para todos os rins em potencial de doadores é de aproximadamente 18%, mas para os rins com IRA, ela aumenta para cerca de 30%. "Estimamos que centenas de rins com IRA cada ano não sejam utilizados, mas possam ser transplantados. Esperamos que o estudo aumente a confiança para os transplantes ", afirmou Chirag Parikh, principal autor do estudo, de acordo com o site Eurekalert.

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Como o estudo foi feito - Em 2018, uma equipe revisou os registros médicos que documentaram aproximadamente 2.500 rins transplantados de quase 1.300 doadores falecidos - dos quais 24% (cerca de 600) tinham IRA no momento da doação.

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Os pesquisadores não relataram diferenças significativas nas taxas de rejeição de órgãos entre rins de doadores falecidos com ou sem o quadro.


Para o último estudo, os pesquisadores expandiram bastante o número de participantes: órgãos de 13.444 doadores falecidos foram transplantados para 25.323 pacientes.

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Desse número, 12.810 receberam rins com IRA e 12.513 receberam rins sem nenhum sinal de lesão aguda.


Cada rim lesionado foi comparado a outro saudável usando um método estatístico que vinculava matematicamente o maior número possível de características do doador, incluindo idade, sexo, etnia e condições médicas gerais.

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Os receptores dos transplantes foram acompanhados por quatro a seis anos após a cirurgia.


O que os resultados indicam - "Descobrimos que o órgão do doador falecido não tinha associação com o sucesso posterior do transplante, reforçando a ideia de que os rins com IRA deveriam ser ativamente colhidos e transplantados", disse Parikh ao site.


Para determinar quantos rins potencialmente viáveis com IRA foram perdidos durante o período do estudo (2010 a 2013), os pesquisadores analisaram quantos rins de doadores falecidos com IRA foram recuperados e transplantados ou descartados.

"Descobrimos que, embora quase 17.500, ou 85%, dos mais de 20.500 rins com insuficiência renal aguda disponíveis tenham sido colhidos ao longo dos três anos, apenas pouco mais de 12.700 foram transplantados. Isso significa que quase 8.000 órgãos foram rejeitados após a aquisição ou nunca foram colhidos", afirmou Parikh.


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