A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, está reorganizando os processos de Pronto Atendimento de urgência e emergência às pessoas que sofrem com transtornos mentais. A partir de hoje (11), os pacientes que necessitam deste atendimento podem procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Sabará, que funciona 24h por dia, e fica na avenida Arthur Thomas, 2.390, região oeste da cidade.
O atendimento ambulatorial na divisão do CAPS III continua sendo realizado normalmente 24h por dia. Já o atendimento no Pronto Atendimento do CAPS III passa a ser realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.
O objetivo da reorganização dos pontos de atenção em saúde mental e a assistência integral aos portadores de transtorno mental é fazer com que, futuramente, todos os serviços de saúde da cidade estejam preparados para receber os pacientes mentais.
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De acordo com a diretora de Serviços Complementares de Saúde, Ângela Lima, o ideal é que os pacientes com transtornos recebam primeiro atendimento clínico e depois de constatada a doença sejam encaminhados aos serviços especializados.
"O ideal é que a pessoa receba a intervenção clínica e depois venha ao atendimento especializado, porque o transtorno mental pode ser conseqüência de outras doenças como, por exemplo, diabetes crônica desequilibrada, ou seja, ele não sofre de doença mental, mas precisa de atendimento urgência para tratar da diabetes", explicou Ângela.
Nos primeiros 10 dias de outubro, o atendimento noturno recebeu espontaneamente 25 pacientes. A média de atendimento mensal do ambulatório e do pronto atendimento do CAPS III é de 2.000 pessoas. O CAPS III fica na rua Alba Bertoleti Crivati, 186 Jardim Alto da Boa Vista.
"Esta iniciativa além de garantir que as pessoas com sintomas psiquátricos sejam avaliadas de forma integral, sem separar sintomas "do corpo" com os sintomas "da mente", excluindo causas clínicas para os sintomas apresentados, também é um grande passo para enfrentamento do estigma e preconceito que envolvem as pessoas com sofrimento mental", concluiu a diretora.
Em 2011, o Ministério da Saúde publicou a Portaria 3.088 que instituiu a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Dentre as diretrizes da Raps está a organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado.