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Todos os vírus

Vacina poderia funcionar contra todo tipo de gripe

Agência Estado
07 fev 2011 às 09:34

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Cientistas da Universidade de Oxford, do Reino Unido, constataram a eficácia de uma vacina contra a gripe que poderia funcionar contra todas as variações do vírus.

A pesquisa é inovadora porque o tratamento, ao contrário dos empregados até agora, ataca diferentes partes do vírus, o que faz com que não seja necessário produzir a cada temporada novas variações da vacina.

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Segundo os detalhes adiantados nesta segunda-feira, 7, pelo jornal The Guardian, a equipe dirigida pela doutora Sarah Gilbert, do Jenner Institute da Universidade de Oxford, centrou seu trabalho nas proteínas do interior do vírus da gripe - que são as mesmas em todas as cepas - e não nas da camada externa, que podem sofrer mutações.

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"O problema com a gripe é que tem uma grande quantidade de variantes que mudam de maneira constante", manifestou Adrian Hill, diretor do Jenner Institute, que lembrou que quando aparece uma nova cepa à qual os seres humanos não são imunes os cientistas não conseguem produzir a tempo uma vacina eficaz.

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Isto é o que ocorreu nos últimos anos com a recente pandemia de gripe A ou a anterior de gripe aviária.


As vacinas tradicionais empregadas atualmente fazem com que o organismo crie anticorpos, mas esta nova vacina dispara o número de linfócitos T ou células T, que são elementos fundamentais do sistema imunológico.

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Na pesquisa, 22 voluntários foram infectados com a cepa Wisconsin do vírus da gripe H3N2, isolado desde 2005. Destes, 11 haviam tomado a vacina e outros 11 não.


O resultado foi contundente: a vacina funcionou nas 11 pessoas que a receberam e mostraram um maior nível de ativação dos linfócitos T, responsáveis por combater o vírus.

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Os autores da pesquisa destacaram que uma vacina universal economizaria muito tempo e dinheiro, já que o processo de desenvolver uma vacina contra cada gripe significa, pelo menos, quatro meses de trabalho e um investimento milionário.


Além disso, se a variação da gripe for altamente patogênica - como ocorreu em 1918 com a morte de milhões de pessoas - o atraso na obtenção da vacina seria fatal.


"Se empregássemos a mesma vacina de maneira regular, seria como vacinar contra qualquer outra doença, como o tétano. Se transformaria em uma rotina. Não teríamos drásticas mudanças na demanda nem problemas de provisão", manifestou Sarah.

A equipe da doutora Sarah considera que este avanço será especialmente positivo para as pessoas mais velhas.


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