O Grupo Huntington, um dos maiores centros de medicina reprodutiva do Brasil, teve quatro trabalhos selecionados para apresentação oral em plenária no Encontro Anual da ASRM – American Society for Reproductive Medice, realizado em Orlando, nos EUA, entre os dias 15 e 19 de outubro de 2011.
Os trabalhos são resultado da parceria da clínica com a Universidade de Michigan, ao longo de seis anos de estudo. Dentre eles, um dos destaques envolve a vitrificação de óvulos o primeiro estudo com nível de "evidência 1", sendo que a clínica Huntington foi uma das pioneiras no Brasil na aplicação desta técnica.
O congelamento de óvulos é fundamental para a preservação da fertilidade em mulheres submetidas à quimioterapia ou para aquelas que decidem por postergar a gestação, assim como para a conservação de óvulos excedentes. O processo de congelamento foi aprimorado, dando origem à vitrificação dos oócitos, destaque nos congressos de reprodução humana nos últimos anos. Doze países, inclusive o Brasil, estão adotando a procedimento de vitrificação e mais de 600 bebês já nasceram no mundo por meio desta técnica. A vitrificação é um processo de congelamento ultra-rápido que, diferentemente do congelamento tradicional, evita a formação de cristais de gelo no interior do óvulo.
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Outro importante estudo apresentado verifica que a idade do homem e a porcentagem de espermatozóides morfologicamente normais em seu ejaculado tem um impacto muito grande nos resultados de tratamentos de ovodoação,O trabalho mostra que as chances de gestação diminuem em 7% para cada ano de idade do homem e aumentam 22% para cada 1% de espermatozóides normais que o homem apresenta no ejaculado.
"A qualidade espermática e a idade do homem não devem ser negligenciados, podendo comprometer o sucesso dos ciclos de ovodoação", afirma a Dra. Paula Fettback, especialista em reprodução humana da Huntington. O estudo foi apresentado na 67ª Reunião Anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM – American Society for Reproductive Medice), realizado em Orlando, nos EUA.
A ovodoação consiste em fertilizar óvulos de mulheres férteis e tranferi-los para mulheres que apresentam falência ovariana, ou seja, não estão mais produzindo óvulos; mulheres com idade avançada, que tiveram diminuição do seu potencial de fertilização; ou mulheres que são portadoras de genes determinantes de doenças severas.
Além disso, há também um estudo sobre nova técnica de cultivo de embriões que utiliza a tecnologia de microfluídica - um sistema em que o embrião fica exposto a um ambiente dinâmico de meios de cultura, e outro sobre o hormônio anti-mulleriano, onde verificou-se que mulheres com menor reserva ovariana apresentam mais chances de ter todos os embriões com cromossomos alterados (com informações CDICOM).