Moedas, corrimãos de escadas, maçanetas, botões de elevador e telefones são apenas alguns exemplos de itens compartilhados por muitos e que podem facilitar a transmissão de infecções como diarreia, viroses respiratórias, gripe convencional e H1N1, entre muitas outras. A higienização das mãos está entre as medidas de prevenção mais eficazes, mas, apesar de a grande maioria das pessoas reconhecer a importância desse hábito, muitas não sabem praticá-lo corretamente.
"Não basta ligar a água da torneira e colocar as mãos embaixo d’água por apenas cinco segundos. O tempo ideal de lavagem é de 10 a 15 segundos, com sabonete líquido e limpeza de áreas escondidas, como entre os dedos e sob as unhas. Também devemos esfregar os punhos, antebraços e a parte de cima das mãos", ensina o infectologista André Ricardo da Silva, que é coordenador da Comissão de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar (CPCIH) do Prontobaby – Hospital da Criança, no Rio de Janeiro.
Para ensinar pacientes, familiares e a população em geral, além de reforçar com funcionários e profissionais de saúde do Prontobaby a forma certa de lavar as mãos, será instalada uma pia com sabão líquido e toalhas de papel do lado de fora do hospital no dia 16 de maio. Também serão exibidas Placas de Petri com culturas de bactérias feitas a partir de amostras retiradas de mãos sujas. As pessoas terão a oportunidade de ver o contraste de proliferação de micro-organismos nas placas e constatar que a multiplicação de bactérias é maior quando não higienizamos bem as mãos.
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"A Organização Mundial da Saúde afirma que a limpeza apropriada das mãos é considerada a mais eficaz ação isolada para reduzir as infecções", acrescenta o infectologista do Prontobaby.
Quando lavar as mãos
É comum que as pessoas se lembrem de lavar as mãos depois de usar o banheiro e antes de fazer as refeições. Porém, esses não são os únicos momentos nos quais estamos expostos a vírus e bactérias que podem causar doenças. Qualquer contato com superfície ou objeto manuseado por outras pessoas pode ser um meio de transmissão de agentes patogênicos. "Ao levarmos a mão à boca, esfregarmos os olhos ou coçarmos o nariz, colocamos as mucosas dessas áreas em contato com esses micro-organismos. Por isso é tão importante ficarmos atentos à limpeza correta das mãos", orienta André Ricardo.
Álcool em gel
Desde a última epidemia da gripe H1N1, em 2009, o uso do álcool em gel para a higienização das mãos tem se tornado mais frequente. Essa é uma medida positiva, que reduz as possibilidades de infecção por contato com vírus e bactérias. O infectologista chama atenção para o fato de que a concentração de álcool deve ser de 70% para garantir a sua eficiência. Além disso, o produto deve ser específico para a higienização das mãos, ou seja, o álcool usado para a limpeza doméstica não serve. "Mas não adianta passar um pouco de álcool em gel apenas nas palmas das mãos. A técnica deve ser a mesma utilizada na lavagem com água e sabão" ensina o infectologista.
Como lavar as mãos corretamente
Use água corrente e sabonete (líquido ou em barrinhas individuais para uso único);
No tempo de 10 a 15 segundos lave a palma da mão, dorso, entre os dedos, debaixo das unhas, polegares e pulsos;
Enxágue até eliminar toda a espuma;
Seque bem com toalha limpa ou descartável;
A higienização também pode ser feita com o álcool em gel (com concentração de álcool a 70%).