Tire suas Dúvidas

Conheça os mitos e verdades sobre a doação de sangue

13 jun 2012 às 16:31

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil necessita em média de 5.500 bolsas de sangue diariamente, porém, o número de doações ainda é limitado. Os motivos são vários. Um deles está relacionado aos mitos que cercam o procedimento e ainda impedem muitos brasileiros de praticarem o ato que ajuda a salvar vidas, é rápido e não afeta a saúde.

De acordo com o hematologista Edgard Nascimento, do Criobanco Medicina e Terapia Celular, instituição capixaba que também atua com medicina transfusional, as dúvidas são frequentes, e muitas não passam de mitos. A seleção do que é verdade ou mentira no universo da doação, você conhece abaixo:


Quem doa sangue uma vez terá de doar para sempre
Mito. Se você doar uma vez, não será obrigado a doar sempre, essa é uma decisão voluntária.


A doação "engrossa" o sangue, entupindo as veias, ou "afina" provocando anemia
Mito. O sangue continua com a mesma consistência.


Posso contrair doenças ao doar sangue
Mito. O material é totalmente descartável e é aberto na frente do doador, não há risco de contaminação.


Doar sangue emagrece
Mito. Ao doar sangue você não engorda nem emagrece. Inclusive dietas para emagrecimento não impedem a doação de sangue, desde que a perda não tenha comprometido a saúde.


É necessário estar em jejum para doar sangue
Mito. O doador tem que estar alimentado e descansado. O recomendado, antes da doação, é não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes, evitar alimentos gordurosos, e aguardar pelo menos duas horas após o almoço para o procedimento.


Doar sangue vicia
Mito. A doação de sangue não está relacionada a nenhuma dependência.


Faço uso de remédios contínuos e por isso não posso doar
Mito. O uso de medicamentos será analisado caso a caso. O importante é informar o tipo de remédio que faz uso contínuo ou se usou algum medicamento, como analgésicos ou anti-inflamatórios, nos últimos dias. Quem toma anticoncepcional, anti-hipertensivo ou diurético, por exemplo, pode doar normalmente


Sou diabético e não posso doar
Mito. Se a pessoa tem diabetes e controla a doença com alimentação ou hipoglicemiantes orais, sem apresentar alterações vasculares, poderá doar. Caso ela tenha utilizado insulina, mesmo que apenas uma única vez, não poderá doar.


Não posso doar sangue no período menstrual
Mito. O fluxo menstrual não influencia de forma alguma a coleta do sangue. Neste caso, o que vai definir se você pode ou não doar sangue é o teste de hematócrito, realizado minutos antes da doação, onde será avaliado se você está apto ou não.


Fiz tatuagem há cerca de um ano e não posso doar
Mito. Quem fez tatuagem há mais de um ano pode doar sangue sem problema, não importando a quantidade de tatuagens. O mesmo prazo, de um ano, é dado para quem colocou piercing.


Doar sangue enfraquece o organismo
Mito. Após uma doação, o sangue tende a voltar ao normal rapidamente e, portanto, não há fraqueza. O volume de sangue coletado é baseado no peso e na altura do doador. Além disso, o organismo repõe todo o volume de sangue doado nas primeiras 24 horas após a doação.


O sangue que eu doar pode servir para várias pessoas diferentes
Verdade. O sangue coletado é separado em vários componentes (concentrado de hemácias, de plaquetas e de plasma) e cada paciente recebe aquela parte que seu organismo necessita.


Durante a gravidez a mulher não pode doar
Verdade. Não aconselha-se doar durante a gravidez por se tratar de um período em que o organismo necessita das reservas de vitaminas e minerais para o bom desenvolvimento do feto. Já depois da gravidez, se o parto for normal, a mulher poderá doar sangue após três meses. Em caso de cesariana, somente após seis meses. E se, ainda, estiver amamentando, deverá aguardar 12 meses após o parto.


Depois de uma doação, os homens devem dar intervalos de 60 dias para nova coleta e as mulheres, 90 dias
Verdade. Isso deve ser feito para possibilitar a recuperação do sangue doado e, em especial, do estoque de ferro do organismo utilizado na produção de glóbulos vermelhos. Nas mulheres, esse intervalo é maior em virtude da perda de ferro no período menstrual.


Doar é rápido e seguro
Verdade. A doação de sangue segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde com relação à segurança e ao tempo. Ela não pode durar mais que dez mintuos. Já o tempo para as etapas de cadastro e triagem dependerá do número de doadores atendidos no momento.


Não há nenhum componente que substitua o sangue
Verdade. Ainda não há nenhum substituto natural ou artificial capaz de substituir o sangue. Por isso a importância da doação.


Meu sangue pode ser descartado após a doação
Verdade. Após a coleta, o sangue é fracionado (dividido) em três componentes sanguíneos principais: concentrado de hemácias, de plaquetas e de plasma. Esses componentes são liberados para uso somente após o resultado dos exames e análises. Caso alguns dos exames tenham resultado "positivo" ou não satisfatório, o sangue será descartado.


O sangue doado tem data de validade
Verdade. Cada componente sanguíneo possui uma data de validade diferente, a saber: concentrado de hemácias (de 21 a 42 dias), concentrado de plaquetas (de 3 a 5 dias) e plasma (de 12 a 24 meses). Por isso, a importância de se ter doadores frequentes, em vários períodos do ano, e não apenas em campanhas, pois pode acontecer de se ter um volume muito grande de sangue nos bancos e a demanda estar baixa.


Não posso doar sangue após ter sido vacinado
Verdade. Alguns tipos de vacina, como hepatite B, limitam a doação de sangue por um período de até 48 horas. Já a vacina da influenza (gripe) impede a doação por quatro semanas. Recomenda-se, portanto, que o doador leve a carteira de vacinação no dia da doação.


Posso transmitir doenças doando sangue
Verdade. Em algumas situações o risco de transmissão de doenças é maior, é o caso de pessoas que mantêm parceiros sexuais ocasionais sem o uso de preservativo, que usam drogas, etc.

Estou gripado e não posso doar
Verdade. Aconselha-se que o doador aguarde sete dias após a cura para poder doar.


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