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Diferenças entre efeitos de remédios reais e placebo são cada vez menores

Redação Bonde
27 out 2015 às 15:35
- Divulgação
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Antes de novos medicamentos serem colocados à venda, testes clínicos avaliam seu desempenho na comparação com o de remédios inertes conhecidos como placebos. Mas pesquisas mostram que, nos últimos 25 anos, a diferença de eficácia entre medicamentos reais e falsos diminuiu - mais nos Estados Unidos do que em outros países. Os americanos são mais suscetíveis ao efeito placebo, ou há outra explicação para isso?


O fenômeno em que pacientes se sentem melhor simplesmente porque acreditam que um tratamento os ajudará é conhecido como efeito placebo. Para testar o efeito placebo, são realizados testes clínicos em que alguns participantes recebem a droga real e outros recebem placebo - normalmente, os participantes não sabem qual remédio estão tomando.

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A eficácia do medicamento é determinada pela diferença entre o efeito placebo - o quanto pacientes neste grupo se sentem melhor - do efeito do medicamento. Para que um remédio seja colocado à venda nos EUA, ele precisa superar a performance do placebo por uma margem significativa.

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Mas parece que isso está ocorrendo cada vez menos, porque o efeito placebo está aumentando gradualmente. Testes mostram que alguns conhecidos medicamentos para depressão e ansiedade teriam dificuldades em passar em seus testes clínicos se fossem testados novamente em 2015.

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Essa tendência virou uma grande dor de cabeça para a indústria farmacêutica. Muitas drogas fracassaram nos testes clínicos finais - medicamentos que, a essa altura, já tinham consumido mais de US$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento. Ninguém sabe por que o efeito placebo está aumentando, mas um novo estudo da revista científica Pain ("Dor") pode ajudar a descobrir respostas.


Ao analisar dados de 80 testes de medicamentos para dor neuropática, os pesquisadores, coordenados por Jeffrey Mogil, da Universidade McGill, em Montreal (Canadá), descobriram que a tendência estava sendo puxada por estudos conduzidos nos EUA - onde se verificou que os participantes pareciam sentir melhoras pelo simples fato de estarem participando desses testes, independentemente de terem tomado o remédio ou o placebo.


Mas o que faz com que americanos sejam mais suscetíveis ao efeito placebo?
No topo da lista das possíveis explicações está o fato de que, ao contrários de alguns outros países, a propaganda de medicamentos dirigida diretamente ao consumidor é permitida nos EUA.

O efeito placebo está ligado à expectativa dos pacientes, e os anúncios podem estar tendo efeitos nas mentes de pacientes tomando remédios, mesmo como parte de um teste clínico.
A hipótese preferida de Mogil, entretanto, não tem relação com propaganda mas com o fato de os testes americanos terem se tornado maiores e durarem mais tempo que os feitos fora dos EUA.
(com informações do site BBC)


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