Tire suas Dúvidas

Dúvidas do início da quimioterapia para o câncer de mama

06 out 2017 às 16:16

Por mais que as pessoas se preparem para adversidades da vida, lidar com um diagnóstico de câncer pode ser mais difícil do que imagina. No caso do câncer de mama em fase inicial, por exemplo, podem surgir várias dúvidas. O primeiro pensamento para se ter em mente, é que nem sempre a quimioterapia fará parte do tratamento, mas essa é uma decisão que cabe ao especialista, considerando as características de cada tumor e indivíduo. A quimioterapia faz parte do processo e entra, principalmente, como um importante potencializador das chances de cura.

Qual o momento certo para se iniciar?
Existem dois momentos ideias para dar início à quimioterapia e podem acontecer antes ou depois da cirurgia para a retirada do tumor. No primeiro caso, é um fator que contribuiria para a redução das células cancerígenas, bloqueando seu aumento. Em caso de se iniciar depois, o que depende de uma avaliação médica, não se pode ultrapassar três meses da cirurgia. De toda forma, a recomendação é sempre o quanto antes.


A médica Juliana Pimenta, oncologista do Hospital Beneficência Portuguesa, listou algumas dúvidas que, geralmente, as mulheres têm quando o assunto é tratamento para câncer de mama.

Cabelo vai cair?

A queda de cabelo vai depender bastante do tipo de quimioterapia que a paciente vai receber. No geral, é uma realidade muito presente durante esse período, mas o que a mulher precisa pensar é que a situação vai se normalizar após o término do tratamento. No início, é comum o cabelo voltar a crescer com textura e cor diferentes do que a de costume. Aos poucos, tudo vai voltar ao normal.


Náuseas e vômitos
Atrelado à quimioterapia, são oferecidos tratamentos potentes que ajudam no combate destes sintomas. Não deve ser mais um motivo de preocupação como no passado, hoje as opções para controle desse mal-estar são bem efetivas.


Alimentação
Alimentos que são bons para o coração geralmente também são considerados importantes durante o tratamento do câncer. Manter uma dieta equilibrada é essencial nesse período, inclusive pela importância do controle do peso, fundamental para quem está em terapia. Bastante fruta, chá verde, brócolis e legumes em geral são indicados, enquanto se deve evitar excesso de gordura e açúcar, carne vermelha e alimentos industrializados.


Atividades físicas
Qualquer tipo de atividade física do gosto da mulher está liberado desde que haja uma liberação do mastologista e do cardiologista. Entretanto, o retorno se dá por meio de caminhadas, atividades e musculação mais moderada. Importante ter atenção ao lado do braço em que foi realizada a cirurgia. A prática de atividade é recomendada para controle do peso e também no combate do reaparecimento do tumor.


O que pode mudar no corpo?
Um dos primeiros efeitos da quimioterapia pode ser o ganho de peso, mas que precisa ser evitado. Alteração da unha - mais fracas e quebradiças -, como ressecamento da pele, são mudanças comuns durante esse período. Então não é momento para pânico. Também é importante evitar exposição excessiva ao sol, para não causar manchas na pele.


Sexo
Não existe nenhum tipo de contraindicação para o sexo. O que pode impactar é a questão da libido e disposição, por fatores psicológicos e emocionais. Isso depende muito de cada indivíduo. Dois pontos que merecem atenção da mulher: aumento de infecção urinária e ressecamento vaginal. Por isso é importante que a mulher converse com o seu parceiro e também com o médico.


Vai afetar a minha fertilidade?
Existe uma possibilidade de a mulher ficar infértil, só que para isso são considerados diversos fatores: idade, histórico da paciente (se já apresentou alguma dificuldade de engravidar), tipo de quimioterapia que está sendo aplicada, entre outros. É muito comum que o médico que esteja acompanhando a paciente a encaminhe para avaliação de um especialista em fertilidade, em que são consideradas alternativas dependendo de cada perfil. Congelamento de óvulo e embrião, comumente, é recomendada.


Animais de estimação
Não existe preocupação em conviver mais com o pet, não será necessário: isso não precisa e não deve acontecer. É recomendado uma certa restrição em relação a alguns hábitos comportamentais. Por exemplo, evitar de dormir abraçada, dar e receber beijo dos pets. O contato precisa ser dosado em decorrência da imunidade baixa e a possibilidade de contrair infecções.

Nenhum paciente deverá se isolar de hábitos comuns. Atividades do dia a dia podem ser realizadas. O que se pede, no entanto, é que sejam evitados lugares com aglomerações de pessoas, como shows, por exemplo. Também se recomenda uma certa restrição com profissionais da saúde dentro do ambiente hospitalar, pois estão mais expostos a vírus e infecções, assim como com pessoas sabidamente com doenças infectocontagiosas.


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