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Entenda o que é a diabetes e como identificá-la

13 nov 2017 às 16:31

Atualmente, o Brasil tem 14,3 milhões de pessoas com diabetes, o que representa 9,4% da população brasileira. Contudo, metade dessas pessoas não sabem que têm o problema.

Estes números tornam a próxima terça-feira (14) uma data ainda mais significativa, uma vez que é marcada pelo Dia Mundial do Diabetes.


A Diabetes Mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, resultante de defeitos na ação da insulina na secreção de insulina ou em ambas. Em resumo, é a elevação da glicose no sangue.


Os alimentos sofrem digestão no intestino e se transformam em açúcar, a chamada glicose, que é absorvida para o sangue, a qual é usada pelos tecidos como energia. A utilização da glicose, contudo, depende da presença de insulina - substância produzida nas células do pâncreas. Quando a glicose não é bem utilizada pelo organismo ela se eleva no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.


Diabetes tipo 1

Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1, embora ocorra em qualquer idade, é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.


Diabetes tipo 2

É o diabetes do adulto e corresponde a aproximadamente 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora, na atualidade, também seja visto com maior frequência em adultos jovens, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse da vida urbana.


No diabetes tipo 2 encontra-se a presença de insulina, porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de hiperglicemia. Por ter poucos sintomas, o diabetes, na maioria das vezes, permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro, entre outros órgãos.



Sintomas

Aproximadamente metade dos portadores de diabetes tipo 2 desconhecem sua condição, uma vez que a doença apresenta poucos sintomas. Quando presentes, os sintomas mais comuns são: urinar excessivamente, inclusive acordar várias vezes à noite para urinar, sede excessiva, aumento do apetite, perda de peso - em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva -, cansaço, vista embaçada ou turvação visual e infecções frequentes, sendo as mais comuns as infecções de pele.


No diabetes tipo 2 esses sintomas quando presentes se instalam de maneira gradativa e, muitas vezes, podem não ser percebidos pelas pessoas. Ao contrário no diabetes tipo 1, em que os sintomas se instalam com rapidez, em especial urinar de maneira excessiva, sede excessiva e emagrecimento.
Quando o diagnóstico não é feito aos primeiros sintomas, os portadores de diabetes tipo 1 podem até entrarem em coma, perdendo a consciência, uma situação grave e de emergência. Quaisquer que sejam os sintomas, um médico deve ser procurado imediatamente para realização de exames que esclarecerão o diagnóstico.

Quem pode ter diabetes

A maioria, próximo a 90% dos portadores de diabetes, é do tipo 2, pouco sintomática, podendo passar despercebida. A presença de uma ou mais das seguintes condições sugerem a possibilidade da presença de diabetes: familiares próximos portadores de diabetes, idade maior que 45 anos, excesso de peso ou obesidade, pressão alta, colesterol elevado e mulheres com antecedentes de filhos nascidos com mais de 4kg.


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