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HPV: o que é, como prevenir e como tratar

Redação Bonde com assessoria de imprensa
11 mar 2014 às 14:16
- Divulgação
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Começou na última segunda-feira (10), em todo Brasil, a campanha de vacinação contra HPV para meninas de 11 a 13 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015 a vacina será ofertada também para meninas de 9 e 10 anos.

Há uma forte ligação entre a infecção genital pelo papiloma vírus humano (HPV) e o câncer de colo uterino. O câncer de colo uterino ainda é uma doença de alta prevalência no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2014, estão previstos mais de 15 mil novos casos da doença. Sua incidência torna-se evidente na faixa etária de 20 a 29 anos e o risco aumenta rapidamente até atingir seu pico, geralmente, na faixa etária de 45 a 49 anos. É o terceiro tumor mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

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A vacina estará disponível nos postos da rede pública durante todo o ano, como parte da rotina de imunização.

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Quais os desafios de fazer uma vacina chegar à população?


Mas, o que é realmente importante saber sobre o HPV? O vírus sempre resulta em um câncer? Para tirar essas e outras dúvidas, o médico oncologista Ellias Magalhães e Abreu Lima esclarece as principais dúvidas sobre o assunto.

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O que é o HPV?


O HPV, papiloma vírus humano, é uma família de mais de 150 tipos vírus que infectam exclusivamente a pele e mucosas dos seres humanos. Aproximadamente metade das pessoas com vida sexual ativa se infectará por um ou mais subtipos de HPV durante a vida e por isso ele é considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo. Pesquisas recentes mostram que 40% das mulheres são portadoras do vírus no trato genital, ao passo que outros 16% o têm alojado na orofaringe (garganta). O vírus é responsável pelo desenvolvimento de diversas patologias como a verruga vulgar, a verruga plana, o condiloma acuminado (verrugas genitais) e o câncer de colo uterino, canal anal, vulva, vagina, pênis e orofaringe. A maioria dos subtipos de HPV não apresenta potencial para levar ao câncer. Os subtipos mais encontrados nas doenças malignas são 16 e 18.

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Quais os tipos de exame podem detectar o HPV?


O diagnóstico de infecção pelo HPV é feito através da pesquisa do DNA/RNA do vírus na amostra do tecido da mucosa genital, anal, oral ou outro local suspeito. Não é possível identificar a presença do vírus através de exames de sangue. Isso ocorre porque normalmente a infecção pelo HPV se restringe às camadas mais superficiais do epitélio (tecido de revestimento).

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A infecção pelo HPV nem sempre resulta em câncer. Nesses casos, o HPV pode causar outro tipo de doença, pode causar infertilidade? Por quê?


Os HPVs são divididos em oncogênicos, aqueles que têm a capacidade de desenvolver câncer, e os não oncogênicos, não relacionados ao desenvolvimento de tumores. Alguns subtipos não oncogênicos têm predileção pela pele, neste caso levando ao aparecimento de verrugas comuns, planas e plantares (nas plantas dos pés). Outros subtipos têm tropismo pela pele e mucosas da região anogenital. Os sítios mais comuns de infecção são o pênis, o escroto, a região perianal, o canal anal, a vulva, o introito vaginal e o colo uterino. Levam ao aparecimento das verrugas genitais (condiloma acuminado). O HPV pode infectar a cavidade oral, levando ao aparecimento de lesões potencialmente malignas.

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O HPV não é responsável direto por infertilidade na mulher. Entretanto, HPVs oncogênicos podem levar ao aparecimento de câncer e o tratamento da doença, muitas vezes envolvendo cirurgia (retirada de útero e ovários), radioterapia e quimioterapia pode levar à esterilidade feminina.


O que a mulher pode fazer para evitar a contaminação?

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A principal forma de transmissão do HPV é o intercurso sexual, seja ele genital, anal ou oral. Assim sendo, a maneira mais eficaz de se evitar a infecção pelo HPV é a abstenção do contato sexual com outra pessoa. Para aqueles com vida sexual ativa, uma relação monogâmica duradoura com parceiro não infectado é a estratégia mais provável de prevenir o contágio. O problema é que, por tratar-se de infecção assintomática, é difícil determinar se o parceiro que teve vida sexual ativa no passado está ou não infectado pelo HPV. Pesquisas mostram que o uso correto e consistente de preservativos pode diminuir as chances de contaminação.


Além do sexo, há outras formas de transmissão do HPV?

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A forma mais comum de contágio do HPV é o contato íntimo, no caso das verrugas da pele, e o intercurso sexual (genital, anal ou oral), no caso das cepas anogenitais. Beijar ou tocar a genitália do parceiro com a boca também pode transmitir a infecção. 16% da população possui o vírus alojado na garganta. O HPV não é transmitido pelo sangue.


Quais os sintomas do HPV?


R.: Lesões do HPV no colo uterino raramente determinam sintomas. Na maioria das vezes são descobertas ocasionalmente através do exame preventivo de papanicolau. Verrugas genitais podem causar prurido, sensação de queimação e eventualmente levar a sangramentos durante o ato sexual. Elas são associadas a depressão, disfunção sexual, sentimento de culpa, vergonha, medo da rejeição pelo parceiro e perda da sexualidade.


Como é feito o tratamento do HPV?


Diferentemente das bactérias, vírus não são destruídos por antibióticos. Atualmente não existem medicamentos capazes de eliminar a infecção pelo HPV. O tratamento dependerá do tipo de lesão e, no caso do câncer, da extensão da doença.


Tentar remover as verrugas genitais manualmente nem sempre elimina o HPV e as lesões podem reaparecer. Tratamentos com agentes químicos podem ser dolorosos, deixar cicatrizes e causar embaraço. Podofilina e ácido tricloroacético são capazes de destruir as verrugas genitais externas, embora várias aplicações possam ser necessárias. Dependendo do tamanho, localização e quantidade das lesões outras opções terapêuticas podem ser necessárias. São elas: Crioterapia (lesão por congelamento utilizando-se nitrogênio líquido); eletrocauterização (lesão por corrente elétrica); laser (lesão por calor).


O câncer de colo uterino em seus estágios iniciais é tratado cirurgicamente. Esses procedimentos podem preservar ou não estruturas fundamentais para manter a fertilidade feminina. A medida que o tumor avança, as chances do tratamento levar a infertilidade aumentam. Tumores mais avançados geralmente são tratados utilizando quimiorradioterapia.


Para quem cada uma das vacinas anti-HPV (bivalente e quadrivalente) é indicada e quando a mulher pode tomá-la (a partir do início da vida sexual ou a partir de uma certa idade)?


A vacina quadrivalente é ativa contra quatro subtipos de HPV: 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros são agentes etiológicos das verrugas genitais, enquanto os subtipos 16 e 18 são os principais causadores do câncer de colo uterino e canal anal. A vacina é aplicada em três doses ao longo de seis meses. Usualmente a segunda dose é dada dois meses após a primeira e a terceira dose quatro meses após a segunda. A quadrivalente está aprovada para a prevenção de câncer de colo uterino e alguns tipos de câncer vulvar, vaginal, do canal anal e verrugas genitais (condilomas). A faixa etária recomendada para a aplicação da vacina é de 9 a 26 anos.


A bivalente, confere proteção para dois subtipos de HPV oncogênicos: as cepas 16 e 18. Está aprovado seu uso em mulheres de 9 a 25 anos para a prevenção de câncer de colo uterino. Sua aplicação também se dá em três doses no decorrer de seis meses.

Se possível, a vacina deve ser aplicada antes do início da vida sexual para conferir imunidade à mulher desde o primeiro intercurso sexual.


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