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Mitos e verdades sobre o mieloma múltiplo

03 abr 2017 às 14:57

O mieloma múltiplo, tipo de câncer que atinge a medula óssea, tem sintomas que podem ser confundidos com a osteoporose, devido a semelhança nas dores nos ossos. Atualmente, a doença atinge 30 mil pessoas no Brasil e 700 mil no mundo e, mesmo com esses números, ainda é desconhecida da população. A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) orienta que em consultas de rotina e emergenciais seja solicitado o exame de eletroforese de proteína, que separa a proteína do sangue em frações para uma análise mais detalhada.

O especialista Angelo Maiolino, diretor da ABHH, esclarece os sete mitos e verdades sobre o mieloma múltiplo:


Todas as dores ósseas em pessoas com mais de 60 anos caracterizam osteoporose? Mito. Nem todas as dores ósseas são características dessa doença, por isso há necessidade de uma investigação mais detalhada, pois caso a pessoa tenha mieloma múltiplo, o diagnóstico não será tardio, o que acontece na maioria dos casos.


Com tratamento adequado o paciente com mieloma pode ter uma boa qualidade de vida? Verdade. O paciente com mieloma múltiplo deve ter acesso ao tratamento, que inclui desde associação de medicamentos até o auto-tranplante de células, caso necessário.


É possível tornar a doença crônica? Verdade. Mesmo sem ter cura, a doença pode se tornar crônica e com os cuidados necessários, o paciente terá uma vida sem intercorrências graves.


Existe prevenção para o mieloma? Mito. Como é uma doença que afeta a medula óssea, responsável pela produção do sangue no corpo humano, não há como preveni-la. A mesma também não é genética.


A anemia é um sintoma frequente que pode ser controlado? Verdade. 60% dos casos de anemia associados ao mieloma múltiplo podem ser inibidos com tratamento.


O Brasil tem acesso a todos os medicamentos para a doença? Mito. O paciente brasileiro não tem possibilidade de ter um tratamento ideal, pois um dos principais medicamentos que inibe a progressão e aumenta a perspectiva de vida de três para 10 anos, a lenalidomida, não é aprovada no país. A substância já é aprovada em mais de 80 países

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento? Verdade. Quanto antes descoberto, os sintomas podem ser controlados e o paciente viver com melhor qualidade de vida.


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