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Obesidade pode aumentar riscos de câncer de mama

06 mar 2017 às 15:33

A obesidade é um fator importante para o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres, entre eles o de mama. O aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC) pode multiplicar os riscos da doença e torna-se um fator de risco. A doença, que atinge mais de 57 mil novos casos por ano no Brasil, é o segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres no mundo, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA.

"Quanto maior o número de células de gordura no corpo, maior será o volume de estrogênio, hormônio que serve de ‘alimento’ para as células cancerígenas. No tecido adiposo existe uma enzima chamada ‘aromatase’. Resumidamente, ela faz aumentar o nível de estrogênio no corpo, o que é um fator de risco para ao câncer de mama. Quanto mais tecido adiposo, mais hormônio", explica a médica Myrna Campagnoli.


O grupo de risco também inclui outros fatores como histórico familiar, idade acima dos 50 anos e reposição hormonal com estrogênio e progesterona por longos períodos nas mulheres menopausadas.


"No caso de histórico da doença de 1º grau (mãe ou irmã), é importante a avaliação com um mastologista para saber quando os exames de prevenção devem ser iniciados. Existe também a opção do mapeamento genético para avaliar o risco de câncer de mama, semelhante ao realizado pela atriz Angelina Jolie. Esses exames detectam mutações genéticas em genes como o BRCA 1, BRCA 2 ou TP53. São siglas que pouca gente entende, mas as pessoas portadoras dessas mutações apresentam um risco muito elevado de desenvolver o câncer de mama. Mesmo assim, hoje em dia, existem critérios muito específicos para se fazer esse exame, que somente podem ser indicados por um especialista", destaca.

A médica ainda destaca a necessidade de cuidar bem do seu corpo. "A prevenção começa com pequenos hábitos, como fazer atividades físicas regulares, ter uma alimentação equilibrada, passar por avaliações com um médico especialista regularmente e realizar a mamografia anualmente após os 40 anos, para garantir um diagnóstico precoce da doença", diz.


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