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Saúde

Vacina contra novo coronavírus pode ser obrigatória na Itália, diz governo

Ana Estela de Sousa Pinto - Folhapress
06 set 2021 às 11:27
- Pexels
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A desaceleração na vacinação contra o novo coronavírus pode fazer da Itália o primeiro país europeu a tornar as injeções obrigatórias para todos os adultos, disseram o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, e o ministro da Saúde, Roberto Speranza, em duas entrevistas distintas.


O governo italiano foi o primeiro a tornar compulsória a imunização de profissionais de saúde, no que foi seguido pelos da França, da Hungria e da Grécia. Também aprovou a obrigatoriedade de comprovantes de vacinação para a entrada em vários locais públicos, como outros países.


A vacina obrigatória geral -implantada atualmente na Indonésia, na Micronésia e no Turcomenistão, além de em ao menos 12 cidades chinesas- seria o último passo, num momento em que muitos países europeus parecem estar batendo em uma espécie de teto de vacinação.


No caso italiano, os números mostram um acomodamento da porcentagem de pessoas totalmente vacinadas, por volta de 80% para os que têm de 50 a 59 anos e abaixo desse limite para os que têm menos de 50 anos.


Como resultado, o número de doses aplicadas diariamente no país, que já foi de 981.200, estava em menos da metade no último domingo, quando 455.500 injeções foram administradas.


Na média, 63% dos italianos com 12 anos ou mais foram totalmente vacinados, um número que Draghi quer elevar a 80% até o final deste mês. Para isso, precisa convencer pessoas desinteressadas, desinformadas ou resistentes às injeções.


Epidemiologistas têm reforçado a recomendação de que se amplie o máximo possível a porcentagem de cidadãos completamente imunizados, principalmente após a disseminação da variante delta, mais transmissível e capaz de levar mais pessoas aos hospitais, em relação às outras versões do coronavírus.


Quanto maior a proporção de indivíduos protegidos, menor a chance de o patógeno infectar outra pessoa e manter em nível preocupante sua transmissão.


Em julho, Draghi já havia criticado ativistas antivacinas: "O apelo para não se vacinar é, basicamente, um apelo mortal. Ou você fica doente e morre, ou contamina alguém morre".


Na quinta (2), o premiê afirmou considerar a hipótese de tornar obrigatória a vacinação depois que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovasse definitivamente os imunizantes -no momento, estão autorizados de forma emergencial os da AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Janssen.


Uma decisão da agência é esperada para este mês, mas, neste domingo, o ministro Roberto Speranza afirmou ao jornal italiano Corriere della Sera que não seria necessário esperar o aval definitivo, já que a segurança e a eficácia dos fármacos já estão provadas.


A obrigatoriedade geral de vacinação é criticada pela oposição de ultradireita, o partido Irmãos da Itália, mas também por membros da própria coalizão de Draghi, como a Liga, também de direita radical. O premiê afirmou que qualquer novo passo em relação às vacinas será discutido com os líderes que compõem a coligação.


Nas últimas semanas, grupos antivacina atacaram especialistas em saúde pública, membros do governo, cientistas e jornalistas que defenderam a imunização.


Em Turim, o Ministério Público abriu uma investigação após membros de um canal de rede social ameaçarem o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, com frases como "Você tem que morrer" ou "Outro rato a ser executado".


Na semana passada, a regional europeia da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontou os movimentos antivacina como um entrave relevante para conter de forma efetiva a pandemia global.


A obrigatoriedade, porém, não é a melhor estratégia para isso, diz o diretor responsável por imunização da OMS/Europa, Siddhartha Datta. "As pessoas podem ter desconfianças, dúvidas sobre a vacina, e isso não é uma falha. Elas não devem levar a culpa por isso. Devemos ouvi-las, entender seus medos e ter os dados e os argumentos necessários para responder", comentou.


Além de entrar na pauta de governos, a obrigatoriedade da imunização já chegou a grandes corporações, como Netflix, Facebook e Google. As empresas anunciaram que apenas funcionários totalmente vacinados poderão entrar em seus escritórios.


SAIBA ONDE E PARA QUEM A VACINAÇÃO É OBRIGATÓRIA

(Segundo a agência Reuters)

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Para todos os adultos


Indonésia, Micronésia, Turcomenistão


Para profissionais de saúde
Itália, França, Grécia, Hungria, Fiji


Para funcionários de asilos
Austrália, Grécia, Reino Unido (a partir de outubro), parte do Canadá


Para funcionários de locais de quarentena
Austrália


Para funcionários públicos
Rússia, Canadá, Fiji, alguns estados dos EUA


Para pessoas de alto risco
Polônia (em estudo)


Em casas noturnas ou locais com grandes multidões
Reino Unido


Em locais fechados como cinemas e teatros
Grécia, alguns locais dos EUA


Para passageiros de avião, trem e navio de cruzeiro
Canadá


Para todo estrangeiro que entrar no país
Malta
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