Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Dados de 2022

Brasil tem 2,1 milhões de crianças e adolescentes sem acesso adequado a água potável, diz Unicef

Lucas Lacerda - Folhapress
22 mar 2024 às 09:10
- Roberto Custódio
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Cerca de 2,1 milhões de crianças e adolescentes no Brasil não tinham acesso a fontes adequadas de água potável no Brasil em 2022. Desse total, a proporção era maior entre a população indígena (25%), com uma em cada quatro pessoas de 0 a 19 anos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Leia mais:

Imagem de destaque
Alerta

Quedas causaram internação de mais de 34 mil crianças no Brasil em 2023

Imagem de destaque
Delivery

Vapes são vendidos no iFood e no Rappi, apesar de proibição da Anvisa

Imagem de destaque
Dia Nacional

Informalidade de trabalhadoras domésticas aumentou após pandemia

Imagem de destaque
Cuidado

São Paulo registra primeira morte por febre amarela de 2024

A segunda porcentagem mais alta nessa situação é a de pardos (4,9%). Entre os estados, os 15 com as maiores proporções de crianças e a adolescentes com acesso inadequado estão nas regiões Norte e Nordeste do país.

Publicidade


Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Unicef, braço da ONU para a infância. O levantamento foi organizado a partir de dados do Censo 2022 de cor e raça, idade e acesso à água.


Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o acesso à água está dividido em duas categorias. As formas adequadas são a uma rede de distribuição, poço profundo ou artesiano, poço raso, freático ou cacimba (escavação rasa em leitos de rio ou riacho) e fontes, nascentes e minas.

Publicidade


Nesta situação estão 52,3 milhões de crianças e adolescentes. Entre os estados com maior proporção do acesso adequado estão Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, empatados em 99,6%, e Distrito Federal e Goiás, ambos com 99,4%.


Já as fontes inadequadas são aquelas em que a água potável é obtida por carro-pipa, água da chuva armazenada, rios, açudes, córregos, lagos e igarapés, entre outros.

Publicidade


Do total de 2,1 milhões de crianças e adolescentes com acesso a fontes inadequadas, as três maiores proporções estão na Paraíba (15%), em Pernambuco (14,9%), Amazonas (13,3%), Alagoas (10,5%) e Acre (10%).


O Unicef divulgou o estudo para pressionar por mais investimentos no acesso à água no Dia Mundial da Água, nesta quinta (22).

Publicidade


Segundo Rodrigo Resende, oficial de Água, Saneamento e Higiene do Unicef no Brasil, o acesso à água deve ser considerado -inclusive nas leis brasileiras- como direito humano fundamental, cuja garantia está ligada a outros como educação, desenvolvimento e bem-estar.


"Neste Dia Mundial da Água, mais de dois milhões de crianças e adolescentes não possuem acesso adequado. A falta de acesso vulnerabiliza populações, especialmente no Norte e no Nordeste, inclusive povos indígenas e comunidades tradicionais."

Publicidade


Segundo Resende, o Brasil precisa direcionar investimentos para áreas rurais, para crianças indígenas e para meninas e mulheres.


"Em geral ficam encarregadas de buscar água longe de casa para o uso básico. Nós dizemos que é fundamental para outros direitos, mas é usada para coisas básicas, consumo, preparação de alimentos e higiene pessoal."

Publicidade


A organização também defende, segundo o representante, que as políticas públicas para acesso à água tenham um objetivo universal, independentemente da situação de moradia.


É para isso que apoia uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de 2021 que inclui a água potável na lista de direitos fundamentais previstos no texto constitucional. A proposta aguarda a criação de uma comissão temporária para análise.


O Unicef, segundo Resende, também defende um projeto de lei que determina a inclusão do acesso a água potável em instituições de ensino no país.


Hoje, segundo levantamento com base no Censo Escolar 2023, 1,2 milhão de estudantes estão matriculados em 7.500 escolas públicas sem acesso adequado a água potável. Ainda, 184 mil crianças e adolescentes estão em 2.700 escolas em que o acesso à água é inexistente.


Os governos também devem, segundo Resende, promover políticas de adaptação a mudanças climáticas que podem prejudicar o abastecimento de água.


"É preciso manter soluções coletivas e alternativas para abastecimento em meio a eventos extremos." Um exemplo são os poços comunitários com tratamento da água, que podem manter o acesso à água em meio a estiagens severas ou danos a redes de distribuição com enchentes, deslizamentos e outros desastres.


Imagem
Ministério da Justiça prorroga obrigatoriedade da distribuição de água em shows
O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou na terça-feira (19) a portaria que obriga os grandes eventos a distribuir água gratuita ao público.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade