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Ansiedade e estresse

Consumir conteúdos com velocidade aumentada pode impactar na saúde mental; entenda

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
16 abr 2024 às 18:53
- Rovena Rosa/Agência Brasil
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Cada dia mais se torna comum o uso da aceleração em vídeos e áudios, já que o excesso de informações causa uma constante sensação de pressa. Assim, a prática se tornou comum entre aqueles que desejam consumir conteúdos de forma mais rápida. 


Em um primeiro momento, o consumo de conteúdos acelerados pode parecer benéfico, já que ocasiona em uma economia de tempo e, até mesmo o aprimoramento das habilidades cognitivas devido à maior exigência de concentração e atenção. No entanto, manter o hábito de apertar o botão 1,5x ou 2x de maneira desenfreada pode ter consequências diretas e bastante negativas à saúde. 

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O psicólogo Emerson Marques, da UBS Jardim Valquíria, gerenciada pelo CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas 'Dr. João Amorim') em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, explica que a prática pode aumentar os níveis de ansiedade e estresse, "principalmente em pessoas com inflexibilidade, padrões de autocobrança excessivas e esquemas de comportamentos desadaptativos”.

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Marques ainda conta que o uso da velocidade aumentada pode contribuir para um estado de agitação constante e tensão emocional, podendo inclusive sobrecarregar o cérebro com a rápida sucessão de informações, dificultando a absorção e o processamento adequado do conteúdo consumido. 

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O impacto se torna ainda mais nítido naqueles que utilizam da técnica na hora de estudar. Observa-se que a habilidade de absorver e reter informações de maneira eficaz acaba sendo comprometida, principalmente quando se trata de conteúdos complexos ou de pouca familiaridade. O psicólogo explica que, quando usado com frequência, o recurso pode diminuir a sensação de satisfação que se tem após a finalização de uma atividade, o que impacta os momentos de estudos, já que "essa sensação acaba não existindo, considerando que o indivíduo passa a ter uma compreensão superficial, sem as reflexões e aprofundamentos necessários”.


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A exposição prolongada pode contribuir no futuro para a diminuição da capacidade de atenção e foco e no desenvolvimento de hábitos impacientes, tornando difícil o envolvimento em atividades que exigem atenção prolongada. 


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Impactos reais

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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil já liderava globalmente em casos de ansiedade desde 2017. Já em 2023, os brasileiros foram os que mais buscaram informações da internet sobre o tema, segundo o Google Trends, o que pode ser visto como um sinal de alerta. 


Com base nesses dados, cada vez mais se torna necessário repensar os hábitos digitais, que são grandes causadores do aumento da ansiedade, e buscar um equilíbrio saudável entre tecnologia e saúde mental. Tratando especificamente da ferramenta de aceleração, o ideal é alternar o uso com períodos de consumo normal, permitindo, assim, que o cérebro processe as informações de forma adequada e evitando sobrecargas cognitivas.  

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“Não é preciso abolir o uso da aceleração de velocidade, mas usá-la de maneira consciente e quando necessário, não tornando a ferramenta parte obrigatória da rotina digital”, reforça Emerson. 


O psicólogo também orienta a incorporar intervalos após o consumo de conteúdos digitais, para reflexões e descanso. “Não só isso, atentar-se aos próprios limites e sinais de estresse ou ansiedade também são importantes para se buscar outras estratégias de autocuidado e preservar o bem-estar emocional.” 


Ao adotar uma abordagem mais consciente em relação ao uso das ferramentas disponíveis, é possível construir uma cultura de saúde mental digital, onde o uso da tecnologia seja aliado ao bem-estar, e não uma fonte de problemas. Com pequenas mudanças, é possível garantir uma relação cada vez mais equilibrada e saudável tanto no ambiente online como no offline. E, o mais importante, desacelerar um pouco. 


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