Jihad Ahmed Diyab, um dos seis ex-detentos de Guantánamo acolhidos pelo Uruguai que estava sendo procurado no Brasil e foi achado na Venezuela recentemente, foi enviado de volta a Montevidéu.
Segundo o jornal uruguaio "El Observador", ele passa bem após ter dado início a uma greve de fome para protestar contra as condições as quais foi submetido na Venezuela. Detido pela Inteligência local, ele ficou incomunicável e sem acesso a uma defesa legal.
Descontente com as condições no Uruguai, ele havia fugido para a Venezuela, passando pelo Brasil, onde assustou as forças de segurança, especialmente diante da proximidade dos Jogos Olímpicos.
Leia mais:
Influenciadora viraliza ao reclamar de mau cheiro dos europeus: 'A galera não toma banho'
Lei para banir TikTok nos EUA pode inspirar Brasil contra Musk, diz professor
Bloqueio do TikTok pode impactar 150 milhões de americanos, sobretudo jovens
Humorista expulsa mulher e bebê de show e gera debate sobre direito das mães
O medo era que ele se vinculasse a alguma célula terrorista pois, antes de ser enviado a Guantánamo, atuava como recrutador do al-Qaeda. Após retornar ao Uruguai, será iniciado um diálogo para definir seu futuro. Ele pretende viajar para a Turquia, onde tem familiares, e por isso fugiu do Uruguai.
Diyab, de 44 anos, nasceu no Líbano de pai sírio e mãe argentina e há alguns meses já havia tentado entrar no território brasileiro, sem conseguir. De acordo com jornais uruguaios, ele é o mais "rebelde" dos seis ex-detentos acolhidos pelo governo do então presidente José Mujica em dezembro de 2014. Ele já chegou a acusar o Uruguai de não ter cumprido o que havia sido prometido ao recebê-lo e desaconselhou outros prisioneiros de Guantánamo a se mudarem para o país.