Um incêndio florestal de grandes proporções, iniciado na tarde do último sábado (17), já deixou 62 mortos no distrito de Leiria, na região central de Portugal, informou neste domingo (18) o Secretário de Administração Interna de Portugal, Jorge Gomes. O governo português decretou três dias de luto nacional. O primeiro-ministro, António Costa, visitou a região atingida e disse que "seguramente é a maior tragédia nacional" dos últimos anos no país.
Quase 2 mil bombeiros continuam combatendo o fogo, nesta segunda-feira (19), no centro de Portugal.
O maior número de vítimas foi registrado na vila de Pedrogão Grande, mas o fogo se alastrou também pelas de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera. Segundo Jorge Gomes, o incêndio tem quatro frentes ativas, duas das quais de "extrema violência". Balanços tem sido divulgados de hora em hora e o número de vítimas pode aumentar. Os últimos dados oficiais atualizaram para 62 o número de mortos e 62 o de feridos, dois dos quais permanecem em estado grave.
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Espera-se que ao longo da manhã cheguem mais dois aviões procedentes da Espanha, além de ajuda da França, para controlar a situação. Os incêndios florestais em Portugal são comuns durante o verão europeu. No sábado, uma onda de calor elevou as temperaturas a patamares acima dos 40 graus Celsius.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Espanha, Manoel Rajoy, ligaram para o primeiro-ministro português, António Costa, para prestar solidariedade e oferecer ajuda.
A causa mais provável do incêndio foi a queda de um raio em uma árvore eca, que posteriormente foi espalhado pelos fortes ventos que atingem a região, segundo disseram fontes da Polícia Judicial à Agência EFE.