A família de Flávio Martins Ribeiro Júnior, 23 anos, motorista de Uber assassinado no final de fevereiro deste ano perto da avenida Saul Elkind, zona norte de Londrina, promete uma grande manifestação para a próxima quarta-feira (26). Neste dia, o juiz da 4ª Vara Criminal, Luiz Valério dos Santos, pretende colher os depoimentos de testemunhas e interrogar um homem preso um dia após a tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte), como o crime foi tratado desde o início pela Polícia Civil.

Outros dois menores foram detidos depois de uma investigação iniciada por meio do próprio aplicativo de transporte. Eles pediram uma corrida através de um celular de um homem preso na mesma operação. Ribeiro foi encontrado com as mãos amarradas em uma plantação de soja próximo ao Residencial Vista Bela. A vítima foi baleada na cabeça e encaminhada pelas equipes de socorro à Santa Casa de Londrina, mas morreu dias depois.

Conforme os familiares, o ato acontecerá em frente ao Fórum Criminal minutos antes das oitivas, previstas para começarem às 13h30. Cartazes com fotos do jovem e mensagens pedindo justiça serão expostas. Na semana passada, uma comitiva convocada pelo pai do rapaz, o empresário Flávio Martins Ribeiro, e o advogado Henrique de Almeida Ferreira Neto, que cuida do processo na 4ª Vara Criminal, foi à Brasília entregar um abaixo-assinado pedindo a redução da maioridade penal e denunciar o aumento da criminalidade a deputados federais e senadores.

"Casos como o do meu filho não podem ficar impunes", explicou Ribeiro. O filho dele era de Sertaneja, Norte Pioneiro, e veio para Londrina trabalhar como condutor de Uber. Ele também era estudante de Engenharia.