Oriundo da classe média, ao contrário da imensa maioria de seus colegas de profissão brasileiros, com fortes laços com uma igreja evangélica, o meia Kaká sempre foi tratado pela mídia como o exemplo típico do bom moço.
A ponto de ver um pequeno ato de rebeldia, como demonstrar insatisfação ao ser substituído no jogo que eliminou o Real Madri da Liga dos Campeões, transformar-se em comoção nacional.
Tanto que, passados dois dias, a emissora televisiva oficial da Seleção Brasileira apressou-se a dar voz ao craque, que negou qualquer problema de relacionamento dentro de seu clube atual.
Como se não fosse natural ficar bravo não apenas com a substituição, mas também pela visível má fase que o atleta enfrenta, muito em razão de uma contusão no púbis, uma das piores para qualquer jogador.
A babaquice neste caso não vem do jogador, que felizmente mostrou ser humano, com todos os defeitos inerentes a esta codição, mas sim dos homens de mídia que se apressaram para tentar manter a imagem de lorde inglês que envolve Kaká.
Mas não dá para esperar muito de quem apoia integralmente o técnico Dunga, já fez loas ao inexplicável Gilberto Silva e seguiu endeusando Robinho mesmo em seus piores momentos.
Afinal, dali, o que se espera é apenas desinformação e ufanismo.