O Brasil teve pouco trabalho para passar pelo limitado Uruguai, quebrando tabu de 33 anos sem vencer a Celeste em Montevidéu. Mesmo pouco arrumado em campo, com muito espaço entre defesa e ataque, o time de Dunga goleou sem maior esforço grças à fragilidade da zaga rival que não teve Lugano, ponto-de-equilíbrio do time.
Trabalho mesmo sobrou apenas para o goleiro Júlio César, mais um vez perfeito na função de evitar gols adversários. O folgado 4 a 0 do placar foi garantido por ao menos três defesas fantásticas do arqueiro, que ainda viu o rival uruguaio tomar um frangaço histórico.
Com a vitória argentina sobre a Colômbia e, se confimada a vitória parcial do Chile sobre o Paraguai, as quatro vagas diretas para a Copa já estão praticamente garantidas para brasileiros, paraguaios, chilenos e argentinos.
Já a briga pelo lugar na repescagem contra o quarto representante das Américas Central e do Norte, está bastante acirrada entre Uruguai, Venzuela e Equador (que tem tudo para vencer o fraco Peru amanhã).
Como sempre, vamos às notas da seleção:
Júlio César - Perfeito, fantástico, supremo. Apesar dos 4 a 0 para o Brasil, foi de longe o melhor em campo - Nota 10;
Daniel Alves - Precisa controlar o nervosismo e entrar mais leve nas jogadas. Abriu a goleada com um chute de longe que enganou o goleiro adversário - 7,5;
Lúcio - Estabanado como sempre e eficiente como tem sido de uns tempos para cá - 6,5;
Juan - Mais calmo e técnico que o companheiro de zaga, ainda fez um gol de cabeça em sua segunda tentativa - 8,5;
Kléber - Discreto demais. inda não reencontrou a boa fase vivida em 2007 - 6;
Gilberto Silva - Fez o que sabe. Marcou e tocou para o lado - 6;
Felipe Melo - Praticamente um espelho de Gilberto - 6;
Elano - Avançou um pouco mais e deu uma bela assistência para Luís Fabiano - 7;
Kaká - Assim como Júlio César e Juan está muito acima da média dos demais. Comandou o ataque, sofreu e bateu um pênalti com categoria - 9;
Robinho - Apenas firulas e nenhum lance memorável. Atravessa fase ruim - 6;
Luís Fabiano - Fez o que se espera de um atacante, brigando com os zagueiros e marcando um bonito gol. Foi expulso injustamente - 8;
Júlio Baptista, Ramires e Josué - Entraram com o jogo decidido e ajudaram a controlá-lo - sem nota;
Dunga - Continua com suas teimosias e escolhas injustificáveis. E o time claramente depende do individualismo, apesar de uma certa melhora tática, principalmente com Elano apoiando mais pela direita. Mas os 4 a 0 são muito mais por mérito dos jogadores do que do treinador - 6.