Bala na área

O rival ideal

28 jun 2010 às 23:25

Durante a nova Era Dunga, a Seleção se caracteriza pela força em duas jogadas: as bolas alçadas na área em faltas e escanteios e o contra-ataque, em que o Brasil é quase inigualável.

Pois diante do Chile, como já está virando hábito, foi assim que os brasileiros venceram.


Diante do rival que parece se encaixar melhor ao estilo de jogo dos comandados de Dunga, a Seleção venceu com tranquilidade, com direito a ver um Kaká mais próximo do ritmo de jogo ideal.


E com um reforço importante causado pela ausência do destemperado Felipe Melo. Porque Ramires, o escolhido pelo técnico para suprir a falta do titular, fez mais hoje do que Felipe me toda a Copa. Sem deixar a desejar na marcação, o volante do Benfica ainda deu uma bela arrancada até assistir Robinho, que marcou um belo gol fechando a tranquila vitória por 3 a 0.


Luís Fabiano, jogando mais perto do gol, também cumpriu seu papel, deixando a marca de artilheiro.


E a defesa exibiu a firmeza habitual, faltando apenas um pouco mais de apoio de Maicon e Michel Bastos, e menos timidez de Daniel Alves.


O Chile é adversário tão ideal que até Gilberto Silva arriscou um chute de longe, quase marcando um gol. Foi de longe sua melhor atuação desde a Copa das Confederações do ano passado.


Passados quatro jogos, a Copa vai começar mesmo para o Brasil na próxima sexta-feira, no jogo com a Holanda, que tem tudo para ser disputado e marcante como os duelos de 1994 (no melhor jogo do Brasil na campanha do tetra) e de 1998.


Tomara que não seja igual ao de 1974, quando Zagallo desdenhou da Laranja Mecânica e viu seu time levar um baile.


Pelo histórico, o favoritismo é brasileiro, mas a Holanda atual esbanja o pragmatismo tão perseguido por Dunga, sem deixar de lado o talento de seus principais jogadores.


Também tem poucas e manjadas jogadas, mas segue vencendo.


Talvez com um leve encantamento a mais que o Brasil.


Que pode começar a perder se Felipe Melo voltar ao meio-campo no lugar do suspenso Ramires.


E pode começar a ganhar se Elano, o motor so time, se recuperar.

Só o tempo dirá.


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