Com 19 das 32 seleções já classificadas, já se desenha a Copa do Mundo da Àfrica do Sul, no ano que vem.
Garantidas no último fim de semana, as seleções de Alemanha, Itália, Sérvia, Dinamarca, Costa do Marfim, Chile, México e Estados Unidos juntaram-se às anteriormente classificadas: Brasil, Paraguai, Espanha, Inglaterra, Holanda, Gana, África do Sul, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Japão e Austrália.
Destas todas, poucas podem ser consideradas novidades ou surpresas, pelo retrospecto recente. De todas as 19 equipes já garantidas no Mundial, 15 estiveram na última edição (considerando a Sérvia, então ainda unificada com Montenegro).
Dinamarca e África do Sul, que não foram à Alemanha, disputaram a Copa anterior, em 2002. O Chile volta depois de duas edições ausente (esteve pela última vez na Copa da França, em 1998). Novidade mesmo é a volta da Coreia do Norte, que disputou o Mundial apenas uma vez, na Inglaterra, em 1966, conquistando um surpreendente 8º lugar.
A história não deve ser muito diferente para que sejam preenchidas as 13 vagas restantes, algumas amanhã e outras em novembro.
Na Concacaf, Costa Rica (que esteve em 2006) e Honduras, que disputou apenas a Copa da Espanha, em 1982, brigam pela última vaga direta -- que deve ser a única, já que o perdedor desta briga deve ser eliminado pelo 5º colocado da América do Sul na repescagem.
Os costa-riquenhos comandados poe René Simões tem vantagem na classificação de apenas dois pontos e enfrentam na última rodada, amanhã, fora de casa, os Estados Unidos. Já os hondurenhos, mesmo com o país mergulhado em crise política, contam com ao menos um empate dos adversários e buscam uma vitória sobre a eliminada seleção de El Salvador, também como visitante, para ficar com a vaga.
Aqui no Sul. Argentina, Uruguai (que na última edição perdeu a vaga na repescagem, para a Austrália) e Equador são os candidatos à uma vaga direta e à repescagem. Os vizinhos do Rio da Prata devem garantir estas vagas,, mas independentemente do resultado, não haverá nenhuma novidade, porque mesmo os equatorianos foram às duas últimas Copas.
Na África, a decisão será no mês que vem, e são grandes as chances de Camarões voltar à Copa depois da ausência na última edição. A Tunísia deve confirmar o que já fez em 2006 -- e se não for perderá a vaga para a sempre competitiva Nigéria --, enquanto a Argélia (que pode perder por um gol para o Egito, que também briga pela vaga que não conquista desde 1990) pode voltar ao Mundial depois de cinco edições longe do Mundial.
Na Europa, a Suíça, presente em 2006, precisa apenas empatar em casa com Israel, amanhã, para se garantir de forma direta. A outra vaga sem escalas pode ser da Eslováquia, que nunca foi à Copa (caso confirme a classificação com uma vitória sobre a Polônia, fora de casa, será a primeira estreante garantida no Mundial, apesar de dividir com a República Tcheca o bom histórico da extinta Tchecoslováquia) ou Eslovênia, presente em 2002.
Na repescagem, que dará mais quatro vagas, Bósnia-Herzegovina (que busca a primeira participação), França (presença constante), Irlanda e Rússia (que jogaram em 2002) aguardam outras quatro seleções para disputar o mesmo número de vagas.
As candidatas são (além de Suíça, Eslováquia e Eslovênia) Portugal, Suécia, República Tcheca, Ucrânia, Croácia (que estiveram na última Copa), Grécia (só disputou a edição de 1994), Israel (presente apenas em 1970) e Hungria (fora desde 1986).
A última vaga, também a ser decidida no mês que vem, será ou da Nova Zelândia, que foi ao Mundial apenas uma vez, em 1982, ou do estreante Bahrein.