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Santíssima trindade

30 mar 2010 às 16:07

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Com o perdão dos católicos fervorosos, a morte do mestre Armando Nogueira reuniu novamente, em outros planos, a santíssima trindade da crônica esportiva brasileira, que se completa com Nelson Rodrigues e João Saldanha.

Dono de palavra fácil, apesar de admitir mais de uma vez sua perturbação quase diária para encontrar os vernáculos mais corretos e expressivos, Nogueira elevou textos normalmente banalíssimos, sobre esporte, à categoria da boa literatura.

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Seus textos eram ao mesmo tempo simples e belos, como os dribles que tanta gostava de um certo Garrincha. Eram vitoriosos e perenes como foi Pelé, outro de seus homenageados mais frequentes.

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Agora, sua poesia junta-se à franqueza áicda de Rodrigues e ao timbre mal-humorado de Saldanha.

Pena que seus debates, que marcaram época nos anos 60 e 70, agora estão muito longe de nós, simples mortais.


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