Conhecido como grande potência tecnológica e como exemplo da boa convivência entre o antigo e o moderno, o Japão passa por dificuldades impensáveis para o um país que está entre os mais ricos do mundo.
Depois de destruído por causa da guerra, a população se uniu para tirar o país da miséria e se uniram em prol de um objetivo. Trabalharam como nunca e investiram cada centavo na construção da invejável infraestrutura, na pesquisa, na educação de um modo geral. Não existem analfabetos por aqui, mas não existem muitas pessoas felizes também. O sonho foi se apagando e a nova geração está sem rumo, como que procurando uma nova meta.
Para chegar a todo esse avanço, o povo foi sacrificado, e aliado a uma cultura onde o esforço é mais valorizado do que o resultado, os problemas começaram a aparecer.
A maioria dos jovens atuais não querem mais profissões estáveis e nem querem passar vários anos numa faculdade e ainda correrem o risco de ficarem desempregados. Hoje eles procuram alternativas que lhes tragam prazer e rendimentos. Muitos, mas muitos mesmos, querem ser cantores, atores, musicos e esportistas profissionais.
Uma das piores consequências disso é que começam a faltar médicos. Isso já é grave, mas se o país em questão possuir quase 40% da população em idade avançada, o caso é de tragédia.
A dificuldade para se trabalhar num grande hospital começa pela indicação de algum médico veterano, aquele que é amigo do pai não sei de quem. A segunda é a hierarquia rígida demais onde os jovens, mesmo talentosos e competentes, precisam ficar esperando "ordens" de como e o que fazer todos os dias. No final das contas quase ninguém aguenta essa situação e vai procurar outra coisa para fazer ou abre se próprio consultório e só atende a vizinhança.
Aqui não existe seguro saúde privado, tudo é do governo e os salários dos médicos também. O paciente paga apenas 30% da consulta enquanto os outros 70% vem da província. Os salários nos grandes hospitais vem caindo ano após ano e já tem gente morrendo por causa disso. As estatisticas ainda são baixas, mas como tudo tem um começo, o melhor é ficar atento. Não sei não, mas acho que preciso reforçar as aulas de português para os meus filhos. Já pensou chegar no Brasil e não conseguir se comunicar?