No meu tempo brincávamos na rua. Lembro de jogar futebol em campinhos improvisando os gols com pedaços de paus espetados no chão duro de terra vermelha. Esconde-esconde, bate lata, mãe da rua, estreia cela nova, pega-pega e por aí vai. Isso quando não íamos "explorar" as matas, subir em árvores enormes, comer frutas no próprio pé. Daí dá para ver que não sou do tempo dos games, dos eletrônicos.
Neste momento está ocorrendo o Tokyo Game Show no Makurahi Messe e tem mais gente lá do que no nosso jogo da J. League. Os tempos são outros, é verdade. As crianças preferem o conforto do lar, os megapixels das TVs e os salgadinhos. Não sei onde essa geração irá parar, mas como não adianta ficar prevendo o futuro, o jeito é deixar essa meninada aproveitarem o que os tempos de hoje oferecem. E o que temos são os games, cada vez mais modernos e bonitos.
De acordo com o "boca a boca", a estrela deste ano são os jogos da Xbox que não precisam de controles. Você mesmo faz os movimentos interagindo com a máquina.
O consolo é que você necessita usar o cérebro e também o corpo, gastando um pouco de energia e saindo da vida sedentária. Não é nada parecido com subir em árvores ou jogar futebol na terra, mas dá para se divertir num dia chuvoso ou com neve até a janela.
Como vocês podem ver, me esforço para encontrar bons argumentos para os games, só não consigo ficar olhando para a tela da TV enfrentando bonecos virtuais que não transmitem emoções ganhando ou perdendo. O bonito de viver lá fora junto ao vento é que lá escutamos os barulhos das folhas, sentimos os pingos da chuva e calor que queima.
Sei que vou acabar comprando um desses jogos para deixar aqui em casa, mas vou deixá-lo próximo da janela para não esquecer como é a natureza.
Xbox 360
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