Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade

A força que vem da tragédia

01 jul 2018 às 08:25
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Antes do início da Copa do Mundo, o Japão perdeu seus últimos quatro amistosos. Além da derrota, jogou mal, dando poucas esperanças aos torcedores.
Somente os comentaristas, que são pagos e controlados no falam, diziam que tudo estava sob controle (aqui a imprensa não é livre).
Fim da primeira fase, e o Japão está na oitavas de finais com chances iguais aos demais times. Sua classificação foi sofrída, venceu a Colombia, empatou com Senegal e perdeu para a Polônia. Veio numa decrescente, mas conseguiu a classificação aproveitando-se de um dos critérios de desempate, que favoreceu os nipônicos por terem levado menos cartões amarelos que Senegal. Os dois classificados da chave foram Colombia e Japão.
O time continua horrível, e só conseguiu chegar até aqui porque o treinador mudou vários jogadores até então considerados titulares. Mexeu num zagueiro, num dos volantes, nos dois pontas e no centro avante.
Agora encara a Bélgica, e nessas alturas do campeonato é bem capaz que vençam porque os japoneses fazem um tipo de jogo que os belgas não gostam. Pela pouca qualidade técnica dos jogadores, eles ficam na defensiva esperando o momento de contra atacarem. E só isso e tudo isso.
Contra a Polônia os japoneses receberam muitas vaias porque se negaram a jogar nos minutos finais. Mesmo inferior no placar não saíam para o jogo, dando apenas toques laterais, esperando o tempo passar. Jogaram utilizando o regulamento, e isso está dentro das regras. O que não está é o aspecto moral de não se incomodarem em perder numa competição tão importante como a Copa do Mundo.
Perderam, não sentiram vergonha e estão classificados. Sabem que a questão moral que envolveu o jogo contra os poloneses será esquecida assim que o próximo jogo começar (aqui também é assim).
Agora, sem nenhuma responsabilidade, sem nenhuma tática surpresa, jogando feio na retranca, podem vencer a partida ou pelo menos irem para os penaltes, onde a sorte também conta.
Até por hábito ou carma, os nipônicos estão acostumados a se superarem nos momentos extremos de sofrimentos, por isso, achar que a Bélgica com um dos melhores ataques da competição até o momento, poderá vencer com facilidade é um erro grosseiro.
Os meninos sabem do terremoto que aconteceu em Osaka, do sofrimento que a população está passando, e são dessas tragédias que o país absorve energia para superar obstáculos. Eu sempre fui muito crítico com a seleção japonesa, mas sei também a força que eles adquirem quando estão por baixo. A Bélgica que se cuide.

Japão x Polônia

Cadastre-se em nossa newsletter


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade