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Dekasseguis brasileiros em baixa

29 out 2017 às 11:07
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A produção industrial e o setor de serviços continuam em ritimo crescente. A falta de mão de obra já se tornou uma barreira para o crescimento de diversos setores.
Empresas manufatureiras e transportadoras são as mais afetadas. Indústrias de peças automotivas, eletro-eletrônicas e principalmente o sertor de alimentação estão buscando mão de obra em países como Vietnã, Filipinas, China, Nepal, Indonésia, Srilanka e até da Mongólia.
Já se foi o tempo em que os brasileiros eram a principal mão de obra no Japão. Já são pouco mais de duas décadas que tudo começou, e parece que o fim está se aproximando.
Foram muito importantes para o crescimento e a manutenção das grandes indústrias, pois queriam e precisavam trabalhar muito para ajudar os familiares que ficaram no Brasil. Aceitavam todos os tipos de trabalho, e não mediam esforços para conseguirem fazer uma poupança.
O tempo passou e a situação é completamente diferente. Envelhecidos e sem terem aproveitado as oportunidades de crescimento que o mercado proporcionou, pararam no tempo, e os que estão por aqui, continuam no chão das fábricas e nos serviços insalubres.
Poucos aprenderam a falar o idioma, outros nem adequados à cultura local estão.
Definitivamente os dekasseguis brasileiros estão em baixa.
Continuam vivendo em guetos, fazendo seus churrasquinhos nos finais de semana, esperando o tempo passar para ver no que tudo isso vai dar.
A dificuldade de integração com os nativos, a desunião na comunidade e a falta de interesse em adquirir novos conhecimentos deixaram os conterrâneos para trás na corrida por uma condição profissional e pessoal melhor.
Imagino que muitos sairão gritando que isso não é verdade, que a comunidade está fortalecida, que a desunião é apenas imaginação do Beirada Nipônica. Sei também que "ouvirei" gritos até de quem não mora mais aqui. Virão daqueles que voltaram, mas sentem-se ofendidos com o que lêem e ouvem sobre os dekasseguis. São as viúvas da época onde haviam mais de 300 mil dekasseguis brasileiros.
Hoje, além de menos da metade, a situação é pior porque existem indústrias que preferem a mão de obra chinesa, vietnamita ou indonesiana. Além de se adaptarem mais rapidamente ao modo de viver e pensar dos japoneses, são mais unidos e cooperativos em todos os aspectos.
Está na hora do pessoal que aqui sobrou, acordar para uma realidade diferente e não deixar se envolver com recoradações de um passado recente. O primeiro passo para isso é reconhecer que já não somos o "rei da cocada", e tão pouco necessário para o país.

Saudades do tempo (Maneva)

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